Capítulo 9 parte 2

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Capítulo 9 parte 2: A Ira do Grão Mestre

No luxuoso interior da tenda do Grão Mestre, Abel II aguardava pacientemente o retorno de seu filho, Élio, e dos mensageiros enviados para escoltar Caim o Flagelo. A atmosfera estava carregada de antecipação, e os generais do Grão Mestre murmuravam entre si, discutindo as estratégias para a próxima fase de sua campanha. A seda vermelha e dourada das paredes da tenda refletia a riqueza e o poder do Império Otomano.

O mensageiro entrou apressado, carregando um grande saco de couro. Seus olhos evitavam os do Grão Mestre enquanto se aproximava, e seu rosto estava pálido de medo. Abel II ergueu uma sobrancelha, notando a tensão no ar.

— O que você tem para mim? — perguntou o Grão Mestre, sua voz fria e autoritária.

Sem uma palavra, o mensageiro abriu o saco e deixou cair no chão as cabeças dos mensageiros e do filho do Grão Mestre, Élio. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Por um momento, o tempo pareceu congelar, e todos na tenda ficaram paralisados de horror.

O Grão Mestre olhou fixamente para a cabeça de seu filho, o choque se transformando rapidamente em uma fúria avassaladora. Ele se levantou abruptamente, derrubando sua cadeira e lançando um rugido de raiva que ecoou pela tenda.

— Caim! — gritou Abel II, seus olhos ardendo com uma ira implacável. — Esse traidor ousou desafiar-me dessa forma? Ele pagará caro por essa insolência!

Os generais e conselheiros do Grão Mestre se entreolharam, apreensivos. A raiva do Grão Mestre era conhecida por ser mortal, e eles sabiam que uma vingança terrível estava prestes a ser desencadeada.

— Preparem os soldados! — ordenou o Grão Mestre, sua voz tremendo de fúria. — Enviem mil homens, juntamente com nossos paladinos e grifos. Quero o castelo de Caim destruído, e tragam-me seu filho. Vou empalar o garoto na frente de Caim e fazê-lo assistir à sua morte lenta e dolorosa!

Os generais se apressaram em cumprir as ordens, suas mentes já trabalhando na logística do ataque. Os grifos, criaturas majestosas e temíveis, foram preparados para a batalha, suas garras afiadas e bicos curvados prontos para rasgar carne. Os paladinos, guerreiros de elite do Grão Mestre, equipados com armaduras brilhantes e espadas imponentes, também foram convocados.

Enquanto os preparativos continuavam, Abel II olhou mais uma vez para a cabeça de seu filho, seu coração queimando com um desejo insaciável de vingança. Ele jurou que faria Caim o Flagelo pagar por essa ofensa de forma tão dolorosa e brutal que seu nome seria lembrado por gerações como um exemplo do que acontece com aqueles que ousam desafiar o Grão Mestre.

O exército estava em marcha antes do amanhecer, uma força imponente que se movia com a precisão e a disciplina de um martelo de guerra. Os grifos voavam alto, suas sombras passando sobre o terreno abaixo, enquanto os soldados marchavam com passos firmes e resolutos.

Abel II sabia que esta não seria uma batalha comum. Ele enfrentaria não apenas um líder militar, mas um homem que havia se tornado algo mais. Contudo, sua sede de vingança era implacável, e ele estava disposto a usar todas as armas à sua disposição para destruir Caim o Flagelo e tudo o que ele amava.

A guerra estava prestes a se intensificar, e o campo de batalha logo seria manchado com o sangue de ambos os lados. Enquanto o exército do Grão Mestre avançava, Caim e seu povo se preparavam para enfrentar a tempestade que se aproximava, sabendo que a luta pela sobrevivência seria mais feroz do que nunca.

Caim: Coração Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora