Consequências no Ar

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Aviso🚨 esse capítulo contém cenas descritas de sexo, se não curte lê pule 🫶🏼
Thalita Guimarães
São Paulo

Acordei mais cedo porque queria aproveitar um tempinho junto de Maria antes de embarcar para o Equador com o time. Fizemos nosso café da manhã especial, assistimos a um filme e fomos pegar um pouco de sol na piscina do prédio. Maria fez questão de me deixar no CT, já que daqui pegaríamos o ônibus para o aeroporto. Confesso que chorei ao me despedir da minha melhor amiga; mesmo que fossem apenas dois dias, eu era apegada a Maria.

— Promete me ligar, ok? E por favor, não coloque fogo no apartamento — provoquei, e ela revirou os olhos.

— Thalita, eu tenho idade suficiente para me cuidar, ok? — ela riu, limpando as lágrimas, pois também chorou. — Traga um presente para mim.

— Pode deixar, Maria — abracei ela. — Até daqui dois dias.

— Até.

Desci do carro e entrei no CT. Hoje estava uma correria sem fim: eram malas para cá, malas para lá, pessoas da equipe resolvendo tudo para que fosse tudo perfeito e seguro. Quando saímos do CT, já se passavam das 12:00. Por sorte, meu ônibus foi separado dos jogadores, então uma vergonha a menos de não precisar encarar Endrick depois de ontem. No embarque para o Equador, eu já estava com a cabeça em mil lugares. Pensava nas entrevistas, no jogo... Quando finalmente sentei no meu lugar no avião, deixei escapar um suspiro de alívio. A viagem seria longa, e eu só queria relaxar um pouco antes de toda a correria começar.

Estava começando a me acomodar quando ouvi uma voz familiar.

— Thalitinha, posso sentar aqui? — Era Veiga, com aquele sorriso encantador.

— Claro, Veiga — respondi, tentando parecer despreocupada. — Senta aí.

Ele se acomodou ao meu lado, e começamos a conversar sobre a viagem, as expectativas para o jogo e outras trivialidades. Mas eu não conseguia deixar de perceber o olhar de Richard mais à frente no avião. Ele estava me observando com uma expressão que eu conhecia bem: ciúmes.

Meu celular vibrou na bolsa, e discretamente dei uma olhada. Era uma mensagem de Richard.

"Veiga? Sério mesmo?Você precisa sair daí."

Olhei para ele, que apenas levantou uma sobrancelha. Outra mensagem chegou.

"Agora."

Tentei disfarçar o nervosismo, continuando a conversa com Veiga enquanto digitava uma resposta rápida.

"Tá maluco?"

A resposta veio quase imediatamente.

"Vem pro banheiro do avião. Agora."

Senti minhas pernas tremerem, junto com um frio na barriga. Sabia que ele estava sendo impulsivo e ciumento, mas a ideia me deixou ainda mais nervosa. Olhei novamente para Richard, que agora tinha um sorriso provocador no rosto enquanto levantava para ir ao banheiro. Veiga não parecia notar nada de estranho, continuando a falar sobre o jogo. Desculpei-me rapidamente, dizendo que precisava ir ao banheiro. Veiga apenas assentiu, sem suspeitar de nada. Caminhei pelo corredor do avião, e quando cheguei ao banheiro, bati na porta discretamente. Em questão de segundos, Richard a abriu e me puxou para dentro.

— Tá ficando louco? — sussurrei, tentando manter a mínima postura possível.

— Tô — ele respondeu, fechando a porta e me beijando intensamente.

A adrenalina da situação me deixou ainda mais alerta, e eu não pude evitar um sorriso enquanto ele me pressionava contra a parede do banheiro. Descendo suas mãos para dentro da blusa do uniforme que eu usava, apertando meus seios com tudo me fazendo segurar um gemido.

Amor em jogo- RICHARD RIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora