5 milhões??

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Thalita Guimarães
São Paulo

Duas semanas haviam se passado desde a última consulta do bebê. Já tinha começado no São Paulo e confesso que estava amando a experiência. Os jogadores me receberam tão bem e a comissão técnica também. Sobre o baby Tharios, ele estava ótimo e já estava crescendo, acredita? Minha barriga estava com um volume aparente, já que estava com quase quatro meses. Segundo a médica, estávamos de 13 semanas, ou seja, três meses completos, sem risco nenhum para o nosso bebê até agora.

Hoje precisei sair mais cedo do trabalho, por quê? Richard insistiu para que começássemos a olhar apartamentos ou até mesmo casas para nós dois e, mesmo achando que estava cedo, resolvi escutar meu namorado. Estava parada na frente do CT quando escutei a buzina do seu discreto carro importado.

— Caralho, amor, cê tá cada dia mais gostosa, sabia? — falou assim que entrei.

— Montoya, eu estou cada dia maior, isso sim — falei rindo e colocando o cinto.

— Maior o caralho, você tá com um corpo da porra, morena — espalmou a mão na minha coxa.

— Ai, Richard, doeu — falei passando a mão pelo local que ele tinha acertado. Foi literalmente um tapa.

— Doeu é? Pois fique sabendo que mais tarde vai doer ainda mais — piscou pra mim, ligando o carro.

— Você não cansa, né? — falei rindo e revirando levemente os olhos.

— De você? Nunca, amor — sorriu. — Tá preparada para escolher nossa futura casa?

— Acho que tô — falei um pouco nervosa. — Vamos começar olhando as casas?

— É, acho que pro bebê é melhor uma casa grande com quintal e tudo mais — falou animado, e eu sorri.

Era incrível ver como ele estava empolgado com essa ideia de ter uma família. Às vezes, era até melhor a gente se mudar logo, já que o chá revelação estava se aproximando, e eu queria toda minha família presente. E, provavelmente, Richard iria querer a sua também aqui.

Chegamos a um condomínio de luxo e fomos atendidos por uma moça que nos mostraria as casas. Começamos com uma que era relativamente grande, mas eu sentia que ainda não era aquela. Rodamos por tudo até irmos para a última casa, que, sem exagero, era imensa. Só a porta era maior que tudo, o que me deixou um pouco assustada ao pensar qual seria o valor daquilo.

A moça mostrou cada canto da casa, e eu não segurei a emoção ao ver um quarto onde imaginei certinho o quarto da ondinha. Richard já queria que fosse aquela, e eu também sentia isso, mas pensava em como seria ficar longe de Maria e do prédio antigo.

— E então, morena, o que acha? — Richard perguntou, segurando minha mão enquanto caminhávamos pelo corredor.

— É linda, Richard, de verdade. Mas é tão grande... Será que precisamos de tanto espaço? — perguntei, olhando para ele com um misto de admiração e preocupação.

— Precisamos sim. Não é só pra nós, é pro nosso bebê, e quem sabe para mais no futuro. Quero que nossa família tenha o melhor — respondeu com firmeza e carinho.

— Ok, então. Se você acha que é o melhor, vamos em frente — sorri, sentindo um alívio misturado com ansiedade.

Enquanto caminhávamos pelo resto da casa, a corretora nos explicou cada detalhe com entusiasmo. Eu estava encantada com o lugar, mas a realidade começou a bater quando nos aproximamos do final do tour.

— Então, o que acharam? — a corretora perguntou, sorrindo.

— A casa é maravilhosa. Mas, sobre o valor... — falei hesitante, tentando não parecer muito preocupada, embora meu coração estivesse acelerado.

Amor em jogo- RICHARD RIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora