Futuro namorado?

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Thalita Guimarães
São Paulo

O restante da tarde passou voando. Richard mandou uma mensagem dizendo que estava me esperando no carro, então caminhei até lá. Acabou que decidimos realizar o jantar na minha casa mesmo. Maria se animou bastante e até saiu mais cedo do trabalho para organizar tudo. Chegando no estacionamento, avistei o carro do colombiano com as luzes ligadas. Estava quase chegando ao carro quando ouvi alguém me chamar. Olhei para trás e vi Veiga, que correu um pouco para me alcançar.

— Thalita, podemos conversar um pouco? — Veiga perguntou, esperançoso.

— Ah, oi Veiga, é que eu tenho um compromisso agora — respondi um pouco nervosa, pois Richard já deveria ter me visto do carro.

— Está sem carro? Posso te deixar em casa e a gente conversa no caminho — ele praticamente implorou.

— Na verdade...

Antes que eu pudesse responder, Richard desceu do carro com uma expressão não muito boa e encarou Veiga com um olhar desafiador.

— Ah, claro, o Richard vai te levar, né? — Veiga disse, rindo amargamente pela situação.

— Sim, eu vou, e ela está ocupada agora. Deixe a conversa para outra hora — respondeu Richard, com um tom cortante.

Veiga franziu a testa, visivelmente irritado com a intervenção de Richard.

— Isso não é da sua conta, Richard. Thalita e eu precisamos acertar algumas coisas — Veiga insistiu, olhando diretamente para mim.

Senti um aperto no peito. A situação estava ficando cada vez mais tensa, e eu não queria causar mais problemas.

— Veiga, por favor, não agora. Eu preciso ir — tentei acalmar a situação, puxando Richard pelo braço na direção do carro.

Richard não se moveu imediatamente; ele estava encarando Veiga com uma expressão desafiadora. Finalmente, ele se moveu, permitindo que eu o guiasse para o carro.

— Vamos, Montoya, estamos atrasados, lembra? — eu disse, segurando sua mão e puxando-o em direção ao carro.

Veiga parecia frustrado, olhando para mim com um semblante de decepção antes de se afastar. Entrei no banco da frente e coloquei o cinto, aliviada por não ter ocorrido nenhum problema, mas Richard ainda estava com cara fechada. Coloquei uma música para animar e parece que funcionou. Chegamos ao nosso prédio e ele nem quis passar em casa, fomos direto para o meu apartamento. Abri a porta e Maria estava deitada no sofá, e tudo estava devidamente arrumado.

— Hum, alguém fez o trabalho todo certinho — brinquei, colocando minha bolsa na bancada.

— Chegando juntos de novo? — Maria nos encarou, com Richard ao meu lado, que logo abriu um sorriso.

— Sua amiga não consegue mais ficar longe de mim, Maria — ele me abraçou por trás, me fazendo revirar os olhos.

— Desprega, Montoya — tentei me soltar dele, e Maria riu da situação.

— Vai tratar seu futuro namorado assim? — ele me olhou incrédulo, e eu não aguentei segurar a risada. — Vai, Maria, tira aí uma foto nossa.

— Oque? Nem pensar Maria — disse desesperada vendo que minha melhor amiga pegou o celular

— Ah vai thata, sorri pra foto vai

Ela posicionou o celular, e Richard me abraçou ainda mais. Sentia o cheiro do seu perfume tão perto que fiquei um tanto nervosa. Ele encostou sua cabeça no meu ombro, e dei uma espiada de relance e vi que ele sorria para a câmera. Acabei sorrindo também.

Amor em jogo- RICHARD RIOSOnde histórias criam vida. Descubra agora