Minho era aquele tipo de garoto que era livre, seu único amor era sua moto, sua companhia em todas as horas. Quando estava nas estradas, ele se sentia bem. Já Han Jisung era totalmente o oposto, praticamente um boneco de porcelana, filho único e sua...
De noite, na hora de dormir, Minho e Jisung tiveram uma pequena discussão. Jisung se negava a dormir na mesma cama que Minho, pois o mais velho insistia para que Han dormisse lá, já que era seu quarto e não queria que ele dormisse no sofá, com receio de que os pais vissem e isso causasse confusão.
Minjun e Jiwoo já deviam estar no 20º sono no quarto do casal, enquanto Jisung ainda andava de um lado para o outro em seu quarto, organizando a roupa que usaria no dia seguinte. Quanto a Minho, este já estava dormindo.
Após organizar tudo, Jisung apagou a luz do abajur e se deitou na ponta da cama. Minho havia ficado com o lado da parede, mas antes de fechar os olhos e dormir, Jisung pegou seu celular e abriu a conversa com Hyunjin.
Hyun Online
Me: Como vai ser amanhã?
Hyun: Oq?
Me: Chan falou q o Minho só precisava ficar na minha casa até amanhã Lembra?
Hyun: Lembro Calma Já ta expulsando?
Me: Tô Mas eai Como vai ser? N da pra eu levar ele
Hyun: Rlx Amanhã eu apareço aí e ajudo a tirar ele da sua casa sem seus pais verem Aí tá dou carona pra escola
Me: Combinado N demore N gosto de me atrasar
Hyun: Problema seu
Jisung ainda xingou Hyunjin mentalmente antes de conectar o celular no carregador. Com o aparelho desligado, ele se cobriu com o lençol até a altura do pescoço, virou-se de barriga para cima e fechou os olhos, pronto para uma boa noite de sono.
Quando estava quase entrando no mundo dos sonhos, ouviu resmungos baixos. No início, seu rosto apenas se contorceu em uma careta, mas a voz abafada de Minho chamou sua atenção. Jisung levantou um pouco o tronco e ligou a luz do abajur, encontrando Minho se contorcendo de um lado para o outro, bastante suado, provavelmente tendo um pesadelo.
- Minho, acorda - ele o sacudia, mas era inútil, Minho não acordava.
Han arregalou os olhos quando sentiu as mãos fortes agarrarem-no com firmeza e Minho enfiar o rosto em seu pescoço, fazendo-o sentir a respiração quente batendo.
- Por favor, fica aqui - sua voz saiu arrastada e baixa.
Jisung levou uma das mãos até as madeixas brancas e começou um carinho leve. Após alguns instantes, Minho foi se acalmando; talvez tivesse tido apenas um pesadelo, mas aquele comportamento era estranho.
Quando percebeu que Lee já estava calmo e provavelmente dormindo, Jisung se permitiu dormir também. Pensaria sobre o que havia acontecido depois, precisava descansar também.
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Na manhã seguinte, Jisung acordou no horário de sempre e chamou Minho para que ele se arrumasse e estivesse pronto quando Hyunjin chegasse. Han desceu as escadas e juntou-se aos pais à mesa para tomar café.
- Quer carona hoje para a escola? - Minjun perguntou.
- Não precisa, Hyunjin vem me buscar hoje.
- Juízo com essas amizades, Jisung - como eu já havia falado antes, apesar de Jisung conhecer Hyunjin há mais tempo do que Felix, Jiwoo não ia com a cara do Hwang.
- Relaxa, mãe - levantou-se indo deixar o prato sujo na pia. - Quando ele chegar, manda ele subir - saiu da cozinha e foi em direção ao quarto.
Assim que abriu a porta do quarto, o cheiro de perfume masculino estava por todo o lado, um cheiro forte, um perfume completamente diferente do que Jisung costumava usar.
- Caramba, tomou banho de perfume? - seus olhos se arregalaram ao encontrar Minho fuçando seu guarda-roupa.
Lee olhou para Jisung com um sorriso de lado enquanto segurava uma saia azul bebê na mão. Jisung se aproximou e puxou a peça rapidamente das mãos de Lee, que se levantou e ambos ficaram frente a frente.
- Por que estava mexendo nas minhas coisas, seu curioso? - seu rosto já ganhava um tom rosado pela vergonha.
- De quem é essa saia, loirinho? - aquele maldito sorriso ainda estampado no rosto.
- Não é da sua conta - cruzou os braços.
- Qual é, Jisung. Essa saia não pode ser de mais ninguém além de você. Sei que não há mulheres nesta casa além da sua mãe e duvido que ela usaria algo tão ousado assim - aproximou-se, fazendo Jisung dar passos para trás.
Antes que pudesse responder, a voz de Jiwoo interrompeu a conversa, avisando que Hyunjin já havia chegado e estava subindo. Jisung agradeceu aos céus; Hyunjin era sua salvação.
Han empurrou o corpo musculoso do mais velho para longe e logo a figura de Hyunjin apareceu no quarto, já pronto para mais um dia de aula.
- Por que você está tão vermelho? - franziu o cenho.
- Estou com calor - soltou a primeira desculpa que veio à mente. Com certeza Hyunjin não acreditou, mas resolveu deixar pra lá.
- E aí, como vai me tirar daqui? - encarou Hwang.
- Então, você vai ter que sair pela janela, os pais do Jisung não saem tão cedo de casa - caminhou até a janela e a abriu - Vamos te ajudar a descer, e Chan está lá embaixo no carro dele te esperando para te levar para casa.
- Mas não era bom ele ir ao hospital só para verificar esse braço quadrado? - disse Jisung.
- Pode deixar que eu vou - soltou uma piscadela para Han - Ah, e obrigado por me deixar ficar aqui, Jisung - Minho certamente não iria comparecer à escola.
Minho se aproximou da janela e com a ajuda de Hyunjin, ele desceu pela escada que Hwang havia se certificado de deixar do lado de fora para facilitar a descida de Minho.
Assim que viu que Lee já havia descido em segurança e estava caminhando em direção ao carro de Chan, Hyunjin voltou a fechar a janela e se virou para o mais novo, que o olhava curioso.
- O que deu em você hoje? Está meio estranho - cruzou os braços.
- Será que depois da escola podemos vir aqui para casa para conversarmos? - apesar de não ter sido algo grave, Jisung se preocupou com o comportamento estranho de Lee, e Hyunjin provavelmente saberia explicar o porquê.
- Pode ser, sobre o que quer falar?
- Você vai descobrir.
Logo ambos saíram do quarto, tinham mais um longo dia no inferno, mais conhecido como escola.
