Bucky

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Cinco anos antes

Estou me preparando para ir até o carro quando meu telefone toca. Atendo na mesma hora, dizendo.

" Você está bem?"

" Estou ."responde ela. " Wanda está comigo."

Paro de correr até a porta e encosto o ombro na parede.

Lily parece estar em um carro.

" Estou indo pra casa da Wanda. Só queria te avisar que ele está furioso. Estava preocupada achando que ele podia passar aí."

"Você está bem mesmo?"

" Estou. Me liga quando chegar em casa. Não importa a hora."

David interrompe entrando pelas portas principais do complexo no meio da frase de Lilly. Causa um alvoroço tão grande que todos percebem e param o que estão fazendo.

Clint,  está logo atrás dele.

" Eu disse que ia chamá-lo — Clint está dizendo para David .

Clint me olha e joga as mãos para o alto, indicando que tentou impedir a intrusão.

"Eu ligo quando estiver indo para casa." - aviso.

Não menciono que David acabou de chegar. Não quero deixá-la preocupada. Desligo bem na hora em que os olhos de David se fixam em mim. Não acho que ele esteja aqui para me parabenizar.

" Quem é esse aí? " - pergunta Sam.

" Meu maior fã."

Aponto a cabeça para a porta lateral , então David se dirige para lá. O complexo começa a se agitar de novo, com todos ignorando a intrusão
de David. Todos menos Sam.

" Precisa de mim para alguma coisa?"
Balanço a cabeça.

" Já enfrentei coisas muito piores. Tá tudo bem."

David empurra a porta do lateral com tanta força, que ela bate na parede externa.
Que babaca.

Sigo naquela direção, mas assim que abro a porta  e coloco os pés nos degraus, ele me ataca pela
esquerda. David me dá um soco e tenta me derrubar,  e, quando ele tenta me dar outro soco, eu esquivo e derrubo ele no chão,ele tenta se  levantar, e dou outro soco. E é um soco dos bons. Merda. Me afasto deixando ele no chão.
Ele enxuga  a boca e se  levanta, dou tempo pra ele  ficar de pé. Não é muito justo uma pessoa estar no chão quando os socos começam. No entanto, David não me parece o tipo de cara que joga limpo. Ele está prestes a me bater de novo, mas eu recuo e ele acaba tropeçando. David se ergue e, quando fica de pé novamente, me encara furioso. Não parece estar querendo me atacar no momento.

"Já acabou? "-  pergunto.

David  não responde, mas não acho que ele vá tentar  de novo. Ele ajeita a camisa e dá um sorrisinho.

" Não estou a fim de brigar com você."

Ele estala o pescoço e começa a andar de um lado para o outro. Há tanta raiva dentro dele que nem consigo imaginar como deve ser para Lilly precisar testemunhar isso. David está ofegante, com as mãos nos quadris, os olhos me perfurando como facas. Não vejo apenas raiva no seu rosto. Vejo um bocado de dor. Às vezes tento me colocar no lugar dele, mas, por mais que eu tente, não consigo. E nunca vou conseguir, pois nem ter o pior passado do mundo justifica alguém agredir a pessoa que deveria proteger.

" Diga logo o que veio me dizer."

David limpa os nós dos dedos ensanguentados com a manga da camisa, e percebo sua mão inchada. Pelo jeito, ele esmurrou algumas coisas antes de chegar aqui e pra tentar me bater. Pelo menos sei que Lilly está bem, senão ele não iria embora nas mesmas condições em que chegou.

Ultraviolence - Bucky Barnes +🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora