Bucky

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Ela se encaixa. É surreal e, para ser sincero, um pouco avassalador. Acabamos de jantar agora, mas ainda estamos todos sentados à mesa. Marjorie se aninhou no meu colo, e estou sentado ao lado de Lilly. Ela pareceu nervosa assim que nos sentamos para jantar, mas conseguiu relaxar bastante. Especialmente depois que Sam e Wanda começaram a contar histórias, relatando a Lilly os melhores momentos da vida de Marjorie. Agora eles estão contando a história de quando ela quebrou o braço, seis meses atrás.

" Ela passou as duas primeiras semanas achando que ia ter que ficar com o gesso para sempre. Nenhum de nós pensou em explicar para ela que fraturas saram, então Marjorie presumiu que, quando alguém quebrava um osso, ele ficava quebrado para sempre." - diz Sam.

"Ah, não." — diz Lilly, rindo. Ela olha para Marjorie e faz carinho em sua cabeça." Tadinha."

Marjorie estende a mão para Lilly, que a aceita. Marjorie vai do meu colo para o dela bem naturalmente. É algo que acontece bem depressa, em silêncio. Marjorie aninha-se no corpo de Lilly, que a abraça como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Estamos todos encarando as duas, mas Lilly não se dá conta, porque está com a bochecha encostada no topo da cabeça de Marjorie. Juro que estou prestes a chorar bem aqui, à mesa. Pigarreio e empurro a cadeira para trás. Nem peço licença, pois sei que minha voz vai falhar se eu tentar dizer alguma coisa. Saio da mesa em silêncio e vou para os fundos. Quero dar privacidade para elas duas. E assim Wanda e Sam fazem o mesmo.

•••

Não vejo a hora de ficar sozinho com Lilly esta noite, na nossa cama . Quero mostrar a casa para ela, mas, mais do que isso, preciso beijá-la. Assim que fecho a porta de casa, puxo-a para perto de mim. Beijo-a como estava querendo beijá-la a noite inteira. É o primeiro beijo sem nenhum resquício de medo ou de tristeza. Até o momento, é o meu beijo preferido. Ele dura tanto que me esqueço de lhe mostrar a casa; em vez disso, pego-a no colo e a levo direto para a nossa cama. Quando a deito no colchão, ela se esparrama e suspira.

"Meu Deus, Bucky. Tinha me esquecido o quão macio era essa cama."

Pego o controle remoto ao lado da cama e aperto o botão de massagem, fazendo-a vibrar. Lilly solta um gemido, mas me chuta para o lado quando tento me deitar sobre dela.

"Preciso de um minuto só curtindo a nossa cama." — diz ela, fechando os olhos.

Eu me deito ao seu lado e fico observando o sorriso em seu rosto. Ergo a mão e contorno delicadamente seus lábios, mal tocando neles. Em seguida, passo a ponta dos dedos em sua mandíbula e em seu pescoço.

"Quero contar uma coisa para você."

Ela abre os olhos e sorri docemente, esperando que eu fale. Levo a mão de volta ao seu rosto e toco outra vez em sua boca impecável.

"  Você nunca esteve tão bonita quanto agora." - Beijo a ponta do seu nariz. " A felicidade lhe cai bem, Lilly."

Ela toca minha bochecha e dá um sorriso.

"É graças a você."

Balanço a cabeça.

"Eu amo você, Bucky." — diz ela.

"Eu também amo você, Lilly."

Ela sorri e pressiona firmemente os lábios nos meus. Tento beijá-la, mas ela ainda está sorrindo na minha boca. Por mais que eu queira tirar sua roupa e sussurrar várias vezes amo você na sua pele, prefiro apenas abraçá-la por um momento, dando a nós dois um tempinho para assimilar tudo que aconteceu hoje. Aconteceu tanta coisa hoje.

" Vou vender a nova. Quero ficar aqui."

"Quando decidiu isso?"

"Agorinha. Minhas meninas gostam dessa casa. Nosso lar é aqui."

Talvez seja loucura, considerando o tanto de horas que passei construindo aquela casa. Mas Sam também trabalhou nela. Talvez eu possa vendê-la para ele cobrando apenas o custo dos materiais; é o mínimo que posso fazer. Afinal, Sam tem sido um ótimo Tio para Marjorie. Lilly cansou de conversar, pelo jeito. Ela me beija e só para uma hora depois, quando estamos exaustos e suados e saciados nos braços um do outro.

Ultraviolence - Bucky Barnes +🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora