Bucky

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Coloquei a mão em sua testa, e ela estava tão quente que quase pedi ajuda para Wanda.

"Vou ficar bem, Bucky." disse ela.

Fui até a cozinha e peguei um copo d'água. Achei remédio no armário. Era para gripe, e eu nem sabia o que ela tinha, mas a obriguei a tomar mesmo assim. Ela ficou deitada na nossa cama, (sim agora estamos dividindo a mesma cama) , e em posição fetal, e meia hora depois disse:

"Bucky? Acho que vou precisar de uma lixeira."

Pulei da cama, peguei a lixeira embaixo da escrivaninha e me ajoelhei na frente dela. Assim que a coloquei no chão, ela se inclinou e começou a vomitar. Meu Deus, estou me sentindo mal por ela. Estar tão doente , Lilly só tinha a mim, e eu nem sabia o que fazer. Quando ela terminou, fiz ela tomar um pouco de água e disse para ela se deitar na cama. Ela se recusou, mas não aceitei. Coloquei a lixeira no chão ao lado da cama e a forcei a se deitar. Ela estava tão quente e tremendo tanto que fiquei com medo de deixá-lá para ir trabalhar . Eu me deitei a seu lado, e ela vomitou a cada hora nas próximas seis horas. Precisei ir ao banheiro várias vezes para esvaziar a lixeira. Não vou mentir, foi nojento. Ela precisava da minha ajuda, e só tinha a mim.

" Lilly, você está melhor ?"

Gemeu e balançou a cabeça.

"Acho que já estou melhor, mas não dormi."

Peguei a lixeira disse para ficar na cama; falei que avisaria que eu não iria trabalhar hoje.
A cada meia hora eu dava uma olhada nela, e finalmente no horário do almoço ela parou de vomitar. Tomou um banho, e eu fiz sopa para ela. Lilly estava cansada demais até mesmo para tomá-la. Peguei um cobertor, nos sentamos no sofá e nos cobrimos juntos. Alguns minutos depois, ela se aproximou um pouco e encostou os lábios em minha clavícula, bem entre meu ombro e meu pescoço. Foi um beijo rápido, e acho que a intenção não foi romântica. Foi mais um gesto de agradecimento, sem o uso de palavras. Mas isso me fez sentir as mais diversas coisas. Assistimos a Procurando Nemo, e quando chegou àquela parte em que Marlin está procurando Nemo e se sentindo muito derrotado, Dory disse para ele:

"Quando a vida te desanimar sabe o que precisa fazer?... Continue a nadar. Continue a nadar. Continue a nadar, nadar, nadar".

Lilly agarrou minha mão  quando Dory disse isso. Ela a apertou, como se estivesse dizendo que aqueles personagens eram nós dois. Ela era Marlin, e eu, Dory, e eu a estava ajudando a nadar.

" Continue a nadar." sussurrei para ela.

Ela apoiou a cabeça em meu ombro.

" Sabe de uma coisa? " - perguntou.

Deslizei meu braço de vibranium colocando envolta do seu pescoço.

" O quê?" - pergunto.

"Você é minha pessoa preferida."
Senti ela rir um pouco, o que me fez sorrir.

" Entre quantas pessoas? " -
pergunto.

" Todas!" - responde.

Eu beijo a sua cabeça e sorrio.

" Você também é minha pessoa preferida, Lilly. De longe."

Muitas coisas na minha vida já me deixaram com raiva, mas nada me deixou tão furioso como ver as marcas de cicatrizes em forma de corte em sua barriga . Nunca vou entender como um homem é capaz de fazer isso com uma mulher. Nunca vou entender como um ser humano é capaz de fazer isso com alguém que ele deveria amar e querer proteger. No entanto, o que eu entendo é que Lilly merece algo melhor. E eu serei a pessoa que vai lhe dar esse algo melhor.

Ultraviolence - Bucky Barnes +🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora