25: lewis🏁

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MARIANNA SHUMACHER POINT OF VIEW

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MARIANNA SHUMACHER POINT OF VIEW

Após uma noite complicada, minha mãe me disse para ir tomar um banho, colocar uma roupa confortável, e comer algo. Nessa situação toda, eu não tinha fome, tudo o que eu sentia era a falta de algo em mim.

Me levantei da poltrona, onde estava, e comecei a andar pela casa, tentando acalmar meus nervos. As memórias de minha infância estavam por toda parte - fotos de corridas, troféus, prêmios e recordações de momentos felizes. Cada objeto parecia sussurrar lembranças, cada canto da casa era um testemunho de uma vida cheia de conquistas e amor.

Passei os dedos por uma foto emoldurada de nós dois no paddock, meu pai sorrindo e eu, uma criança, segurando um troféu quase maior do que eu. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Ele sempre fora meu maior incentivador, minha rocha, e agora ele não estava mais aqui. Senti um nó na garganta, uma sensação de impotência esmagadora.

De repente, meu telefone vibrou no bolso. Meu coração saltou com a esperança de que fosse Lewis. Olhei para a tela, mas era um número desconhecido. Atendi, a voz trêmula.

- Alô?

- Senhorita Schumacher? Sinto muito incomodá-la, mas preciso informá-la de algo muito sério. Seu amigo, Lewis Hamilton, sofreu um grave acidente de carro na noite passada. Ele está internado aqui, em estado crítico.

Senti o chão desaparecer sob meus pés. O telefone escorregou da minha mão e eu caí de joelhos, incapaz de processar a informação. As palavras do médico ecoavam na minha mente, mas pareciam distantes, irreais.

Eu não podia perder as pessoas que eu mais amava, parecia que naquele momento, não importa o que eu fizesse, nada podia piorar toda a situação.

Peguei no celular, liguei para minha mãe, avisando-a do ocorrido. Ela ficou preocupada, disse que iria lá apoiar Lewis. Para ela, Lewis era como um filho.

No caminho para o hospital onde Lewis estava internado, meus pensamentos eram uma tempestade de medo e desespero. Primeiro, meu pai, e agora, Lewis. Era como se o universo estivesse decidido a me testar da maneira mais cruel possível.
Ainda ninguém sabia que meu pai havia partido, iria sair um comunicado pelas 15:30. O que me deixava nervosa, odiava todas as lamentações, todas as perguntas inusitadas e sem um pingo de consciência, odiava todos os "ele era um bom homem", mesmo que o odiassem e o prejudicassem toda a vida.

Quando estacionei, saí quase correndo em direção à recepção. Meu coração batia descompassado, minha respiração era irregular.

- Lewis Hamilton. Onde ele está? - Consegui perguntar, quase sem fôlego.

A recepcionista, vendo meu estado de pânico, imediatamente chamou uma enfermeira que me levou até a UTI. As paredes brancas do hospital pareciam fechar-se ao meu redor enquanto caminhava.

Don't blame me • Lewis Hamilton✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora