"Uma história adolescente nada normal"
"Quando a tímida, virgem e reservada Kylie Frost cruza o caminho do maior delinquente da escola, sua vida pacata é virada de cabeça para baixo.
Ela se vê gradualmente envolvida em um mundo de transgressões e a...
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Tentando abrir lentamente os olhos, sou quase cegada pela luz do quarto. Uma sensação estranha me envolve. Ao despertar e observar o teto, constato que não estou em meu próprio quarto. As paredes são pintadas de branco e flashes longos de memórias assaltam minha mente. Recordo-me vagamente de um incêndio.
Ao me inclinar para o lado, avisto Mike Winter sentado na cama, próximo aos meus pés. Só consigo ver suas costas e os cabelos loiros.
— Mi... Mike — chamo-o, confusa.
— Você demorou para acordar, monstrinha! — Ele se vira para mim.
— Onde estamos? — Pergunto, tentando me levantar, apesar de minha cabeça doer intensamente.
— Não faça movimentos bruscos. — Ele se aproxima e me faz deitar novamente. — Você está na minha casa. — Observa-me com atenção.
— O Tom? E o incêndio? — indago, assustada e desesperada.
— Acorda depois de quase dois dias e já pensa naquele merda? — repreende-me, claramente irritado.
— Dois dias? — Minha garganta seca ao lembrar da fumaça. — Não deveria estar em um hospital? — questiono, fixando-me em seus olhos azuis.
— Você está exatamente onde precisa estar, ao meu lado. — Levanta-se e caminha até uma mesa antiga no canto do quarto.
— Até mesmo quando estou à beira da morte, você não me leva a sério! — Levanto-me, apoiando-me na cabeceira da cama.
— Nunca permitiria que você morresse! — Ele se senta na cadeira junto à mesa antiga, segurando um objeto. — Então, este relógio inteligente realmente funciona! — Balanceia meu smartwatch diante de mim.
— Devolva-me isso! — peço, com a voz enfraquecida.
— Monstrinha, alguma vez fiz o que você quis? — Ele ri, um sorriso cheio de deboche.
— Você continua sendo um idiota! — Exclamo.
— Desde seu retorno de Londres, você só sabe me insultar! — Ele faz um beicinho. — Tão cruel.
— Desisto! — Suspiro profundamente. — Eu preciso voltar para Londres.
— Com certeza, você deveria retornar o quanto antes para Londres. — Ele me encara, sério.
— E você definitivamente não vai me impedir? — Digo, tirando o cobertor de mim. — Você é mesmo um babaca.
— Sidney não tem mais nada de bom para você! — Ele remove o chip do meu smartwatch e insere outro. — Seus amigos provavelmente já estão embarcando para Sidney.
— O que você quer dizer? — Levanto-me cambaleante, mas ele me segura e me faz sentar na cama novamente.
— Sei tudo sobre você, monstrinha, quem são seus amigos ou não. — Retorna a sentar na cadeira com desdém. — Inscrever-se na universidade só por minha causa foi uma loucura!
