𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼

♤Cap 30♤ Scelte e desideri

Escolhas e vontades

Faz uma semana desde que Aaron foi embora. Não tenho notícias dele desde então. Não que eu tenha o menor direito de tê-las.

Dizer que não me arrependo da forma como afastei Aaron seria uma baita mentira. Entretanto, foi melhor dessa forma.

Estou sendo egoísta de decidir que era melhor nos separarmos sem consultar Aaron, que estava tão envolvido nisso quanto eu? Com certeza.

No entanto, nunca neguei ser alguém egoísta.

A realidade bateu na minha cara naquele dia. Quando percebi que aquele relacionamento não teria futuro.

Aaron Lancaster é um homem decidido, que faz o impossível para manter seus ideais e seguir suas crenças. Eu só o estava pretendendo.

Fazia algum tempo que Aaron me pressionava a expor nosso relacionamento. Todavia, eu sempre o convencia a me dar mais tempo.

Não é como se todos fossem aceitar numa boa essa ideia.

Eu sou o capo da máfia italiana e Aaron o chefe da máfia britânica. Ambos precisamos de herdeiros, e a adoção não é uma opção. A questão da barriga de aluguel é um pouco controversa.

Quantos problemas surgiram com isso?

Querendo ou não, os problemas nunca acabariam e talvez apenas nos desgastaríamos. O resultado seria a separação de todas as formas. Eu apenas quis terminar logo... Para que a dor da separação não nos abale tanto.

Não culpo Aaron pela morte de Luigi. Não havia muito o que ele pudesse fazer. Sequer nos conhecia, não tinha o que fazer. Apenas usei isso para esconder o verdadeiro motivo.

— Cadê o chiclete britânico?

Levantei a cabeça, deparando-me com Leonel.

— Ele não virá mais.

Depois de uns momentos em silêncio Leonel se pronunciou.

— Vocês brigaram? — Perguntou, jogando-se no sofá do meu escritório, de frente para a minha mesa.

— Terminamos. — Respondi simples.

Leonel piscou algumas vezes, como se não acreditasse.

— Como é?

— Terminei meu relacionamento com Aaron Lancaster.

— E ele aceitou?

Respirei fundo e decidi contar o que aconteceu.

Leonel ouviu tudo em silêncio.

— E aí? — Questionou.

— E aí o quê?

— Se sente melhor?

— Como vou me sentir melhor? Ouviu o que eu disse?

— Achei que ia se sentir melhor depois de fugir.

— "Fugir"...?

— Foi o que você fez. Ficou com medo e desistiu antes de tentar. Como um covarde.

— Ei!

— Não negue. — Interrompeu Leonel friamente. — Você ficou assustado com tudo isso. Se convenceu que era melhor terminar. Você realmente o ama?

— É claro que sim!! — Exclamei, irritado.

— Não o suficiente. — Rebateu meu irmão. — Quando se ama alguém o suficiente, não importa o quão dura seja a batalha, você não desiste facilmente.