𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼

♤Cap 54♤ I segreti sono tra le righe

Os segredos estão nas entrelinhas

Caminhando sem rumo pelo jardim da mansão Lombardi, sem realmente ouvir o que estava ao meu redor. Meu peito parecia pesado com uma culpa que não era minha e que se supõe que eu havia superado. Minha garganta parecia se fechar, meus olhos ardiam e minhas mãos tremiam.

— Dante!

Ouvi chamar, entretanto não me dei ao trabalho de assimilar quem era e parecia distante demais para eu me importar.

Continuei em passos rápidos, sem um destino fixo.

— DANTE, PARE!!

Com a ordem repentina, parei automaticamente. Olhei para o lado e vi Luigi.

— Você...? — Sussurrei.

— Não vê que estava prestes a colidir com esse galho?

Girei minha cabeça para frente e vi o enorme galho de uma árvore que nem sei o nome.

— Ah...

— Sei que está difícil, porém enfiar a cara em um galho não vai tornar as coisas melhores. — Retrucou Luigi.

Encarei meu falecido irmão em silêncio. Eu podia sentir minhas emoções transbordarem em lágrimas furiosas e incontroláveis. Tapei minha boca com a palma no momento em que um soluço quebrado deixou minha garganta. Agachei e permiti que minha dor transparecesse. Me senti como uma criança de cinco anos, agachada, chorando e desolada. As lembranças das palavras de Leonel, as acusações de Frank, e por fim... O homem que se diz ser meu pai me acusando do assassinato do meu próprio irmão. Chegava a ser hilário. Tudo que eu queria agora era desaparecer.

Luigi se sentou ao meu lado, olhando para um pequeno lago que tinha um pouco mais a frente.

Depois de alguns minutos, consegui formular uma frase.

— Por que você se foi? — Perguntei. — Por que logo você?

Meu irmão mais velho jamais dirigiu seu olhar para mim.

— Eu sinto muito. — Respondeu. — Me dói ver meus amados irmãos sofrerem, acredite em mim. Contudo, sei que não importa o que eu diga, não posso amenizar sua dor.

— Nós precisamos de você.

— Não. Vocês não precisam. Apenas acreditam nisso.

Luigi finalmente focou seus olhos nos meus.

— Você deve seguir em frente, Dante. Sem mim.

As lágrimas voltaram com força junto da tristeza e negação.

— Dante!!

Olhei para trás rapidamente, vendo um Alexei ofegante, as mãos sobre os joelhos, enquanto respirava com dificuldade.

— Meu amor... — Murmurou. — Não suma do nada, pelo amor de Deus.

Meu namorado se aproximou de mim, sentando-se ao meu lado. Eu já me encontrava sentado, abraçando os joelhos.

— Você saiu de repente... Eu nem pude me aproximar. — Comentou.

Enxuguei as lágrimas com a manga do moletom.

— Eu precisava de um momento sozinho. — Afirmei.

Alexei me encarou, os olhos azuis transpareciam preocupação.

— Eu estou bem. — Murmurei.

— Você não precisa fingir comigo. — Retrucou. — Nós somos confidentes, lembra?