♤Cap 42♤ Amore turbolento

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Amor turbulento

Eu passava as mãos nervosamente pelo rosto, tentando parar as lágrimas e conter os soluços.

Caralho... Eu não costumo chorar tanto desde... Desde a partida de Luigi. Se controla, porra! Você não é mais uma criança!

Me sobressaltei quando senti as mãos de Erick em meus pulsos. O mesmo as tirou do meu rosto.

My dear... Pare com isso. Oh, céus... — Murmurou.

Isso só me fez chorar ainda mais.

— Tudo bem, tudo bem. — Acalentou-me. — Não te pedirei pra parar.

Erick deitou-se ao meu lado e me puxou para perto, pressionando meu rosto contra seu peito e colocando a outra mão em minha cintura, puxando-me para ainda mais perto, ao ponto de ficarmos colados.

O ruivo acariciava meus cabelos com delicadeza.

— Me desculpe... — Começou. — Eu não queria te fazer chorar... Não assim. — Disse, soltando uma pequena risada.

Fiquei em silêncio, tentando controlar minhas emoções.

— Acho que você me entendeu mal. — Comentou. — Eu não disse pra parar porque estava bravo... E sim porque se você falasse algo como aquilo de novo, eu não te deixaria sair dessa cama tão cedo.

Nesse momento, senti meu rosto inteiro esquentar, até minhas orelhas. Pressionei meu rosto contra o peito de Erick ainda mais. Eu estava deveras envergonhado agora.

Ouvi uma risada abafada do ruivo.

— Está envergonhado, my dear? — Questionou. — Vá se acostumando, porque eu farei coisas bem piores do que apenas jogar palavras ao vento se você continuar me seduzindo assim.

As lágrimas haviam parado de brotar há alguns minutos, todavia eu continuava com o rosto escondido em Erick, que não parecia se importar.

Eu apenas não queria encará-lo ainda e imagino que ele esteja ciente disso.

Respirei fundo e me afastei minimamente.

— Você... Quer jantar? — Indaguei, a voz baixa. — A comida está fria... Mas, eu posso ir esquentar pra você--!

De repente, Erick levanta meu queixo com as pontas dos dedos e deposita um beijo em meus lábios.

— Está tudo bem, my dear. — Tranquilizou-me. — Eu estou bem dessa forma. Irei comer.

O ruivo se levantou e sentou-se na cama, pegou um elástico preto e começou a prender o cabelo desajeitadamente. Me aproximei e peguei o elástico de sua mão delicadamente.

— Posso fazer isso pra você. — Afirmei.

Me pus de joelhos sobre a cama, logo atrás de Erick. Peguei todas as mechas macias de seu cabelo e comecei a amarrar habilmente.

— Gosto do seu cabelo. — Comentei.

— Me sinto honrado.

— Me lembra o outono.

— Você gosta dessa estação?

— É minha favorita. Ela tem cores quentes, mas o clima é frio. É tudo tão belo e harmônico. Eu amo pintar o outono. — Respondi. — Eu poderia fazer uma pintura sua.

— Por causa do meu cabelo?

— Não. — Retruquei, tirando as mãos de seu cabelo e saindo da cama. — Porque é você. Você, Erick Benjamin Fox, é meu amor com as cores quentes de outono. — Recitei, sem olhá-lo nos olhos.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora