𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼

♤Cap 10♤ Sofferenza

Sofrimento

A mansão Lombardi era incrivelmente silenciosa pela noite.

Deitei a cabeça no encosto do sofá, encarando o teto. Um café com leite em minha xícara favorita. Fechei os olhos, absorvendo a paz do local.

A sala de estar era do tamanho do meu antigo apartamento; decorada em cores claras, a mansão tinha uma áurea luxuosa e nada aconchegante. Os sofás de frente um para o outro eram bege, o porcelanato parecia brilhar sob a luz da lua, visto que o lado direito era uma parede de portas e janelas de vidro. As cortinas e as paredes altas brancas com toques de dourado. Uma lareira do lado esquerdo com uma enorme pintura do emblema da família em dourado logo acima.

Tudo ali exalava riqueza, luxo e nobreza.

Nada ali era aconchegante, quente e reconfortante.

Abri meus olhos ao sentir o sofá afundar ao meu lado. Ergui a cabeça, que latejou um pouco, e vi uma presença conhecida.

— Sr. Yamazaki? — Murmurei.

Olhei para frente, encarando o relógio de ponteiro dourado grudado na parede. São 23 horas...

— Quando vai me chamar pelo nome? Achei que éramos amigos. — Reclamou.

Fixei minha atenção no homem ao meu lado. Sem conseguir evitar, as coisas que aconteceram naquela noite passaram pela minha mente como um filme.

[♤♠︎♤]

Minha mente parou por um momento quando notei quem havia lançado o copo.

Riki Yamazaki.

O mesmo sorria simpático, enquanto o velho Lombardi ficava vermelho de raiva. Senti Carina agarrar minha camisa, ainda escondida atrás de mim. Sua atenção voltada para o chefe da máfia japonesa.

— Me desculpe por isso, Sr. Lombardi. Não foi minha intenção. — Desculpou-se.

Até um cego saberia que foi propósital, porém o velhote não é burro.

Ele não é o capo da máfia, não pode enfrentar outro chefe... Principalmente, um aliado.

— Tudo bem, Riki. Sei que não foi de propósito. — Alegou, sorrindo forçado. Uma veia pulsava na têmpora.

— Ótimo. — Sorriu, uma fileira de dentes brancos e perfeitos. — Alguém pode me informar onde está o capo?

— Tá em um encontro. — Respondeu Luca.

— LUCA! — Exclamou a matriarca da família.

— Oh... — Yamazaki pareceu genuinamente surpreso. — Vou esperá-lo então. Quero detalhes. — Disse, com um sorrisinho malicioso.

— Matteo tem um encontro? — Indagou o velho. O mesmo abriu um sorriso de orelha a orelha. — Espero que ela seja de uma boa família então.

A senhora Lombardi pareceu imensamente envergonhada, enquanto os irmãos se entreolhavam.

— Bem, estou me retirando. — Afirmou Yamazaki.

— Pode dormir aqui, querido. — Sugeriu a Sra. Catarina. — Sempre temos um quarto pra você.

— Eu adoraria. — Respondeu.

O japonês saiu, não antes de me lançar um olhar indecifrável.

Estranho.

Imagino que ele deva estar me julgando por não defender seu amor de infância corretamente. Ele até se viu obrigado a interferir para não ver Carina machucada. Não que eu fosse permitir... O velhote teria que passar por cima de mim primeiro.