♠︎Cap 3♠︎ Vendetta

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Vingança

Nunca pensei em estar em tal situação, talvez seja por isso que estou prestes a sair correndo.

Nesse exato momento, me encontro no antigo escritório do meu irmão. Acabo de discutir calorosamente com um dos meus tios, que estava ordenando aos funcionários para mover as coisas do meu irmão. O que me fez surtar e quase virar um assassino de parentes.

— S-senhor...?

Suspirei fundo e olhei para uma funcionária, que teve coragem de falar comigo, enquanto os outros se encontravam acuados do lado de fora do escritório.

— Sim? — Questionei.

— Gostaria de saber como devemos proceder a partir de agora, Sr. Lombardi... As ordens iniciais foram que tirássemos as coisas do Sr. Luigi para colocar as suas.

Olhei para a mulher à minha frente. Ela não tinha culpa de nada, só obedecia ordens.

— Não toque nas coisas do meu irmão. Vou ficar com meu antigo escritório, não há necessidade de trocar.

— Sim, senhor.

A mulher saiu rapidamente, sendo seguida pelos demais empregados.

— O que pensa que está fazendo?

Olhei para a última pessoa que eu queria ver.

— Pai.

— Por que gritou com seu tio?

— Porque ele quis meter o excentricamente grande nariz dele onde não devia, pai.

— Respeite-o. Ele é seu tio, só queria ajudar.

— Que pena, eu não pedi por ajuda.

— Pare de agir como um pirralho imbecil! Você é o chefe da família agora!

— Vocês é que querem me tratar como pirralho! Que tipo de chefe eu sou se sequer tenho voz nessa merda?!

— Olha como fala comigo!!

— Olhe você como fala com o capo! Você sabe o que aquele idiota do seu irmão estava fazendo?! Mandando os funcionários jogarem as coisas do Luigi no lixo!! Ele estava mexendo no escritório dele!

Meu pai pareceu surpreso por alguns segundos, mas logo se recompôs.

— Esse não é o escritório dele. — Disse friamente. — É o escritório do capo. Coisa que ele não é mais.

Encarei-o, descrente.

Como ele pode falar assim? Como superou tão rápido? Só faz pouco mais de duas semanas que ele se foi.

Eu não posso lidar com isso... Não ainda.

Massagiei as têmporas e voltei minha atenção para o meu pai, cansado.

— Chega. Já tive o suficiente. Saia, por favor.

Meu pai me encarou por mais alguns instantes e finalmente saiu. Caminhei pelo escritório intacto do meu irmão e me joguei no sofá. Pousei minha cabeça no encosto do sofá e escondi o rosto da curva do meu braço.

Senti uma presença sentar no sofá à minha frente, porém não me dei ao trabalho de verificar quem é.

— Dia difícil?

Relaxei de imediato. Pelo menos não era mais um idiota querendo se aproveitar do fato de que eu acabei de assumir a chefia e querer me fazer assinar contratos que me custariam bem mais do que deveria.

— Você não sabe o quanto. — Respondi.

— Não se preocupe tanto, depois piora. — Retrucou.

Ri sem humor, tirei meu braço do rosto e olhei para a figura à minha frente.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora