♠︎Cap 17♠︎ Dovere e onore

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Dever e honra

Pela janela do carro em movimento, eu observava a fria beleza da neve. Era a minha primeira viagem para a Itália.

— Você tem uma missão hoje. — Avisou meu pai, Satoshi Yamazaki.

— E qual seria, pai? — Questionei.

— Meu amigo de longa data, Nero Lombardi, tem um filho da sua idade. Se chama Luigi Lombardi, e ele é o herdeiro da máfia italiana. Seu dever é torná-lo seu aliado. Assim como fiz com Nero. — Ordenou.

— Sim, pai. — Confirmei.

Eu não sabia como era Luigi, nunca o tinha visto. Só podia esperar que ele não fosse tão desagradável quanto o patriarca Lombardi. Ouvi o suficiente para saber que o atual capo é alguém bem irritante. Posso ter apenas oito anos, mas já tenho noção de muita coisa.

O resto da viagem até a mansão Lombardi foi silenciosa. Meu pai não é um homem muito social, a não ser que tenha negócios envolvidos.


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A mansão Lombardi era grandiosa. Feita em uma arquitetura antiga, exalava nobreza. Lembrava-me aquelas casas de duques e duquesas que vi em filmes.

Saí do carro e fomos recebidos por quem imagino ser Nero Lombardi, o capo da máfia italiana. Meu pai sorriu ao vê-lo.

— Nero. — Cumprimentou. — Como está?

— Estou bem, Satoshi. E você?

— Ótimo. — Respondeu, simples.

O olhar do capo recaiu sobre mim. Ele me encarou analítico e frio.

— Então, esse deve ser o seu filho. — Disse finalmente.

— Sim. Este é Riki, Riki Yamazaki. Meu herdeiro. — Respondeu meu pai orgulhosamente.

O Lombardi sorriu. Um sorriso falso.

— Olá, Riki. É um prazer conhecê-lo. — Disse, estendendo a mão para mim.

Retribuí o aperto com um sorriso ameno.

— É uma honra finalmente conhecê-lo, senhor.

— Hum. Sabe, eu tenho um filho da sua idade. Meu herdeiro, Luigi. Vocês podem ser amigos! — Comentou. — Já mandei chamá-lo.

Confirmei com a cabeça.

Logo, vi um menino de cabelos escuros, pele bronzeada e belos olhos verdes e vibrantes.

O garoto usava uma calça cargo bege-claro, quase branca. Uma camisa social branca com um suéter bege-claro da cor da calça, com listras azul-marinho por cima. A camisa social aparecia ligeiramente em baixo e a gola da mesma ficava exposta. Um par de sapatos brancos nos pés.

— Olá. — Cumprimentou o herdeiro Lombardi, estendendo a mão.

— Olá, herdeiro Lombardi. — Respondi, apertando sua mão.

O garoto me olhou duvidoso, depois verificou nossos pais, que conversavam um pouco longe dali.

O herdeiro me encarou e aproximou seu rosto do meu, a mão direita na lateral do rosto, como se fosse sussurrar um segredo.

— Por Deus, me chame de Luigi. Herdeiro Lombardi é muito brega, se quer saber.

Olhei para ele perplexo.

— Meu pai é meio chato... Mas, eu não sou como ele. Quero que sejamos amigos de verdade, Riki. — Complementou Luigi.

Ele estava sorrindo. Um sorriso brilhante, genuíno e... Real.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora