♠︎Cap 61♠︎ Il mio piccolo uragano

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Meu pequeno furacão

Olhando fixamente para o tecido manchado de sangue, eu sabia. Apenas não queria... Mas, sabia. O casaco que dei a Dante, quando certa vez, ele mencionou querer uma roupa que fosse exclusivamente dele, que ninguém tivesse uma igual. Mandei fazê-la de acordo com os gostos dele, uma peça que, ao olhá-la, recordasse apenas dele. Desde que Dante havia ganhado-a, ele estava sempre com ela. Era divertido provocá-lo sobre como em breve a peça criaria vida, de tanto que ele a usava.

Quem diria, que eu desejaria tão avidamente não tê-la dado a ele...? Só para me dar o mínimo conforto de que o que Connor acabara de dizer é mentira.

O mundo não parecia ter qualquer ruído. Como se ele próprio tivesse parado, por sentir a minha perda. Todavia, ele jamais sentiria isso. Se não, não teria tirado ele de mim. A vida é cruel... Eu sempre soube disso. No entanto, por que ela insiste em me tirar toda parcela de felicidade que posso ter? O amor da minha vida se foi... Como areia fina, escapou das minhas mãos, deixando pequenos fragmentos de recordações que não posso reviver. O choro preso em minha garganta veio de repente e eu nem me esforcei para impedir. O desespero tomou conta da minha mente, eu sequer tinha ideia do que estava falando. Eu o havia perdido. O que valia tentar me manter de pé agora?

Não...

Não sei quantas vezes repeti tal palavra. Minha voz oscilando pelo choro desesperado. Usando minha língua materna vez ou outra, buscando lidar com o tsunami de sentimentos dolorosos. A dor mental sequer se comparava à dor física.

Subitamente, sangue respingou em meu rosto, fazendo-me despertar da minha bolha de dor e sofrimento.

Aquele rosto... O rosto pela qual me apaixonei... Estava lá. Movendo-se em velocidade absurda, como se deslizasse no solo sujo. Assassinando os inimigos com frieza e precisão.

Ah...

É claro. Que tolo sou eu. Eu esqueci completamente quem é Dante Lombardi. Sempre estive tentando protegê-lo de tudo. Tê-lo em meus braços, delicado e vulnerável, me fez ter a falsa ilusão de que meu amado italiano precisava ser protegido.

Como eu pude esquecer...?

Meu Dante é perfeitamente capaz de proteger a si e aos outros com facilidade. Nunca foi Dante que precisou de mim... E sim, eu precisava dele.

Observei em completo choque, Dante caminhar em direção a Connor, que caiu no chão assustado, sentar sobre ele, agarrar seus cabelos e colidir a cabeça de Evan no solo, uma, duas, três vezes. Sangue espirrou pelo chão e rosto do meu namorado. Ele soltou Connor, que ainda respirava.

Você não vai morrer ainda. — Resmungou, levantando-se e girando em minha direção.

O olhar de Dante, frio e cruel, olhos avelãs, afundados em um brilho sádico e assassino, de repente, banharam-se em um brilho genuinamente feliz.

Sorri suavemente para ele.

— Olá, my sweet danger.

Meu namorado piscou algumas vezes, para logo sorrir amplamente.

Il mio russo preferito! — Exclamou, aproximando-se em passos rápidos.

Antes que eu pudesse pronunciar qualquer coisa, senti os lábios de Dante contra os meus em um gesto caloroso e gentil. Olhos avelãs, repletos de amor e afeto. Senti meus lábios tremerem.

Meu namorado me fitou confuso.

— Dói muito...? — Indagou, olhando para as minhas feridas.

Imagino que ele pense que minhas lágrimas eram pela dor. Sorri pequeno.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora