Nenhum Rurik fica para trás
Alexei Rurik observava Dante de longe. Algo no fundo de sua mente, o dizia que não era o momento de ir até ele. De alguma forma, o russo sentia que seu namorado finalmente havia permitido que Luigi partisse e se libertado do fantasma do irmão mais velho. Com certeza, Dante estava sofrendo muito. Todavia, Alexei não poderia curar a sua dor.
— Você está acabado, mas ao menos está vivo.
O Rurik olhou em direção a voz indiferente e familiar.
— Irmãozinho! — Exclamou, indo em direção de Ruslan para abraçá-lo.
O loiro enrugou o nariz e deu um passo para trás.
— Saia. — Ordenou simplesmente.
O russo mais velho ignorou o mais novo e passou os braços ao redor dos ombros de Ruslan. O mesmo pôs a mão direita sobre o rosto do irmão mais velho, empurrando-o.
— Tire suas mãos de mim. Você está imundo. — Repreendeu.
Como sempre, Alexei ignorou as palavras hostis do irmão. Até porque, se Ruslan realmente quisesse afastá-lo, ele já estaria desacordado no solo.
Alexei se recorda perfeitamente do dia em que foi pessoalmente buscar o irmão mais novo.
[♤♠︎♤]
A caneta girava habilmente em meio dedos, eu estava entediado em meio aquela infinidade de livros chatos. Olhei ao redor, percebendo que o professor não estava presente e fugi da biblioteca.
Quando estava correndo pelos corredores frios da mansão colidi com uma figura familiar. Ambos caímos no chão.
— Qual é o seu problema, Alexei?! — Resmungou Anton, irritado.
— Não atrapalhe minha fuga, cara pálida! — Reclamei.
— Como é que é?! — Exclamou Anton, vermelho de raiva.
— Além de anêmico é surdo?! Pobrezinho, deveríamos avisar à babá!
De súbito, Anton pulou sobre mim e começamos a rolar pelo solo, desferindo ofensas um no outro e nos estapeando.
— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! — Gritou nossa babá, Victória.
Paramos, comigo sobre Anton, ambos arranhados e sangrando.
— ELE QUE COMEÇOU! — Gritamos em conjunto.
Victória me arrancou de cima do meu irmão, enquanto o mesmo apressou-se em levantar.
— Vocês já não estão velhos demais pra isso?! — Exaltou-se a babá.
Franzi o cenho, erguendo o rosto para olhá-la.
— Mas, babá... Anton tem dez anos e eu só tenho oito. Não tem como sermos velhos... Você e papai que são.
Ouvi Anton gargalhar alto, enquanto nossa babá ficava vermelha de raiva.
— Ora, seu pirralho! — Exaltou-se, beliscando uma das minhas bochechas.
— Aí, aí! — Reclamei, puxando a mão da babá.
— Chega disso! Vá para a sua aula! — Ordenou Victória.
Franzi o cenho e dei a língua para a babá.
— NÃO! — Exclamei, e logo saí correndo sem olhar para trás.
Todos eram chatos. Papai não ligava para mim, Andrey estava ocupado demais em ser um "herdeiro Rurik digno" e Anton estava sempre afundado em livros, estudando para um dia ser o braço direito do nosso irmão mais velho. Não tem ninguém para brincar comigo... Me sinto sozinho.
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𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼
RomanceA gloriosa família Lombardi, fundada em ouro e prata, desaba em tempos sombrios com a morte precoce de seu primogênito, Luigi Lombardi. Qual futuro você imagina para irmãos tão desamparados após a perda do irmão? O inimigo está a espreita, esperand...