♠︎Cap 7♠︎ Matrimonio in rovina

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Casamento em ruínas

Duas semanas se passaram desde o acontecido com Carina, mas isso não tornou as coisas mais fáceis.

Recordo-me do desastre que foi ver todos os irmãos Lombardi em um lugar só. Chegaram como um furacão ao saberem sobre Carina.

Vi um Matteo completamente descabelado, um Dante de roupa toda amarrotada, um Leonel ainda mais irritado, se é que isso é possível... O único que estava apresentável era Luca.

Me assustei ao ouvir um barulho de vidro quebrando, vindo do meu quarto de Carina. Corri até lá.

— QUERIDA? O QUE--! — Fui interrompido por um berro.

— VOCÊ É BURRA POR ACASO?! NÃO SABE LER?! EU PEDI UM PERFUME CHANEL, NÃO DIOR!!

Carina gritava sem parar, enquanto a pobre mulher mantinha a cabeça baixa. Outra funcionária limpava os cacos do que eu imagino ser o vidro de perfume, principalmente pelo forte odor que infestava o quarto.

Me aproximei de Carina e peguei sua mão.

— Querida, por favor--! — Minha esposa arrebatou a própria mão da minha.

— VAI DEFENDER ELA AGORA?! — Exclamou. — É SUA AMANTE?!

Fiquei estupefato.

Amante...? Do que ela tá falando? Eu?

— O que--! — Fui surpreendido por um tapa, que estalou por todo o recinto.

Um silêncio cobriu o local. Nem as funcionárias esperavam por aquilo. Olhei para Carina, incrédulo.

— Ah... — Murmurou.

A Lombardi pareceu cair em si finalmente. Observei os olhos de Carina encherem de lágrimas e transbordarem, em um caminho silencioso.

— César, meu amor, eu sinto muito!! — Desculpou-se, colocando ambas as mãos sobre a boca e sacudindo a cabeça em negação.

Carina saiu correndo e trancou-se no banheiro, chorando audivelmente.

Eu devo consolá-la... Ela não tem culpa. Mudanças repentinas de humor são comuns na condição dela.

É meu dever.

Porém, meu rosto arde, e me sinto magoado. Um nó na garganta me impede de ir confortá-la.

Não foi de propósito... Mas, não deixou de doer.

— O que houve aqui?

Fitei a figura de Leonel entrar no quarto.

— Bom... Eu levei um tapa. — Retruquei secamente.

Leonel me olhou confuso, parecia querer perguntar o motivo, mas logo correu para a porta do banheiro, ao ouvir o soluço sofrido de Carina.

— Carin'? Abra a porta. — Pediu, em uma delicadeza que nunca pensei vir de uma criatura grosseira como aquela. — Sou eu, Léo... Abra a porta. Vamos conversar.

Depois de alguns instantes, Carina abriu a porta minimamente e sussurrou algo para Leonel. O mesmo me encarou por alguns segundos.

— Você... — Começou. — Pode nos deixar a sós?

Segurei uma risada amarga.

Eu apanho... E sou eu que tenho que sair?

Confirmei com um aceno e me retirei do quarto.

Não há que fazer... Né?



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𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora