♤Cap 4♤ Intrigo in discoteca

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Intriga na boate

Faziam mais ou menos trinta minutos que eu apenas observava a situação.

Eu estava esperando o momento certo... Entretanto, acabei de lembrar de algo que Luigi costumava me dizer.

"Se você ficar esperando o momento certo, você morre e não faz nada. Não há 'momento certo', apenas o instante em que você decide ligar o foda-se e fazer acontecer".

Com isso em mente, começo a caminhar em direção ao Lancaster. Meu coração batia forte contra minha caixa torácica.

Qual é o meu problema? Parece até que eu vou pra guerra! Bom, talvez eu esteja.

Sacudi a cabeça, joguei os ombros para trás, ergui o queixo e pus minha melhor cara de indiferença.

É hora do show.

Ou era o que eu pensava.

Subitamente, me vejo atordoado em meio a uma multidão descontrolada, pessoas gritando e correndo para todo lado. Mas, o que meus ouvidos captaram foi o suficiente para que eu tivesse a certeza do envolvimento do meu queridíssimo irmão caçula.

A equação é simples:

Discussão + faca + delinquente = Dante.

Franzi o cenho com a conclusão.

— Droga, Dante!! — Resmunguei antes de correr para a cena do crime.



[♤♠︎♤]



Fazem uns vinte minutos desde que Matteo foi encontrar-se com o pateta britânico. E eu não podia estar mais entediado... As festas já não eram tão divertidas quanto eu me lembrava. Talvez fosse os gêmeos que as tornassem marcantes no fim.

Recordo-me do dia em que fui para uma boate em Los Angeles com Luca e Leonel. Cada um dançava com pelo menos três mulheres de uma vez... Luca apenas dançava, já Léo era inimigo da vergonha. Nunca vou me esquecer do dia em que fui atrás de Léo em uma festa que ocorria em Londres e o peguei no ato com uma mulher. Foi tão horrendo que considerei seriamente virar monge. Sacudi a cabeça, na intenção de esquecer esse dia tão sombrio.

Olhei para a pista de dança movimentada. Podia sentir olhares desejosos de todo lugar, homens e mulheres. No entanto, minha visão captou outra coisa.

Um homem, arrastando uma mulher, na tentativa de levá-la para um ambiente mais fechado. Ninguém ajudava... Provavelmente, porque o palhaço era influente. O problema é que eu sou um Lombardi... E não me intimido com esse tipo de coisa.

Levantei da cadeira onde estava e deixei minha bebida no balcão. Coloquei minhas mãos nos bolsos e me dirigi ao local.

A diversão vai começar. — Murmurei.

É verdade que fazemos parte de uma máfia e que não somos os mocinhos, não vou ser hipócrita. Entretanto, até nós temos limites. Fazemos muitas coisas ruins, porém, jamais mexemos com mulheres e crianças, para nós, são sagradas. Abominamos estrupos, tráfico humano, tráfico de órgãos ou prostituição infantil.

— ME SOLTA, SEU IDIOTA!! — Berrava a mulher, sendo ignorada olímpicamente.

Agarrei o pulso do desconhecido, onde ele segurava o braço da moça e apertei, com força o suficiente para fazê-lo grunhir de dor. Sorri satisfeito, até que treinar calistenia tem suas vantagens. Músculos não são sinônimo de força. Posso não ser uma geladeira, mas posso ter quase tanta força quanto uma.

𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼Onde histórias criam vida. Descubra agora