Mon ange
Andrey havia praticamente voltado às suas atividades normais. Pelo menos, ele estava se esforçando. Tudo ficava bem se o nome de Luigi Lombardi não fosse mencionado. Eu tinha acabado de falar com os funcionários sobre a limpeza no escritório do meu irmão. Com Alexei e Ruslan na Itália, eu cuido de quase todas as obrigações. É claro, que tudo ficou mais fácil com Andrey se reerguendo.
— Sr. Anton? — Parei no meio do meu caminho para focar minha atenção em uma das funcionárias.
— Sim?
A funcionária parecia hesitar, ela tremia e suava. Arqueei a sobrancelha.
— O que foi? Fale de uma vez. — Insisti.
A mulher finalmente ergueu a cabeça, sem olhar em meu rosto.
— É que... Tem alguém querendo falar com o senhor.
— Alguém? Quem?
Depois de uns segundos, ela me respondeu, a voz trêmula.
— O-O Sr. LeBlanc... O chefe da máfia francesa está aqui, Sr. Anton.
Fitei a mulher, céptico.
Não... Não pode ser. O que aquele homem faz aqui?!
— Onde? — Questionei.
— N-Na sala de estar, senhor.
Passei por ela rapidamente e segui até o recinto indicado. Abri a porta com certa urgência. Vi que todos os funcionários suspiravam de alívio ao me ver.
— O que está fazendo aqui? — Perguntei, rudemente.
LeBlanc riu, malicioso.
— Sentiu minha falta, Mon ange?
Franzi o cenho, incomodado.
Louis LeBlanc, o atual chefe da máfia francesa. Um homem, ganancioso, cruel e manipulador. Assassino nato e um estrategista exemplar. Uma aparência de causar inveja e um lutador surreal. LeBlanc é temido por todos que um dia o conheceram. Cabelos loiros e olhos verdes esmeralda, além de ter cerca de 1,97 metros de altura.
— Saiam todos. Agora. — Ordenei.
Todos os empregados presentes apressaram-se em sair e fechar a porta atrás de mim. LeBlanc continuava sentado confortavelmente em uma poltrona cinza, com detalhes em dourado. O loiro me encarava com um sorriso ladino.
— Diga logo o que quer. — Exigi, impaciente.
O melhor era que eu resolvesse isso antes que Andrey voltasse à mansão Rurik.
LeBlanc riu, suavemente.
— Ora, Mon ange, não é nítido?
Mirei-o, irritado.
— Eu quero você, apenas. — Falou, simples.
— "Apenas"...? — Repeti, indignado. — Ficou louco?!
— "Louco", eu já sou. No entanto, sou obcecado por você. Basicamente, quero acordar com você na minha cama, todos os dias. — Anunciou.
Sorri sarcasticamente.
— Tira uma foto, imprime e põe sobre sua cama. — Argumentei. — Pronto! Resolvi seu problema! Vai embora.
O francês riu, deitando a cabeça para trás. Depois, focou seus olhos em mim.
— Mon ange... — Começou, levantando-se da poltrona.
Senti meu corpo tensional, logo, entrei em alerta.
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𖤓𝑇ℎ𝑒 𝐿𝑜𝑚𝑏𝑎𝑟𝑑𝑖𖤓 - 𝐿'𝑖𝑛𝑖𝑧𝑖𝑜 𝑑𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑟𝑜𝑣𝑖𝑛𝑎 - 𝑉𝑜𝑙.𝐼
RomanceA gloriosa família Lombardi, fundada em ouro e prata, desaba em tempos sombrios com a morte precoce de seu primogênito, Luigi Lombardi. Qual futuro você imagina para irmãos tão desamparados após a perda do irmão? O inimigo está a espreita, esperand...