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No Sistema de Justiça Criminal, crimes sexuais são considerados especialmente hediondos. Na cidade de Nova York, os dedicados detetives que investigam esses crimes são membros de um esquadrão de elite conhecido como Unidade de Vítimas Especiai...
Vamos direto ao que interessa a vocês: perdão por qualquer erro de digitação e boa leitura!
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No dia seguinte, acordo me sentindo um pouco mais disposto. Tive febre de novo durante à noite, mas o remédio conseguiu abaixar e manter estabilizada minha temperatura. Ao menos até agora.
Quando abro os olhos, encontro o quarto escuro e quentinho. Estimo que Natasha deve ter mexido no termostato.
A propósito, antes mesmo de me virar, sinto seu calor atrás de mim. Logo depois que arrumamos a cozinha e saímos daquela conversa um tanto emotiva, fui escovar os dentes enquanto ela foi checar o celular.
Assim que deixei o banheiro, Nat me perguntou se podia tomar um banho. Beijei sua cabeça em resposta, querendo, na verdade, beijar sua boca, mas também temendo que passasse minha gripe para ela.
Apanhei uma camisa limpa no armário, uma cueca na gaveta e entreguei a ela. Nat me olhou com um sorriso debochado, mas aceitou as peças e foi tomar seu banho.
Deitei na cama e fiquei me torturando, pensando em seu corpo nu, molhado e macio e sabendo que não poderia tocar. Quando ela se juntou a mim, respirei fundo e senti o aroma do meu sabonete. Mas, mais do que isso, mesmo por baixo dessa camada, ainda tinha o seu cheiro. Ainda tem. Sempre fica impregnado na minha cama, nas minhas roupas, na minha casa e na minha memória.
Virei de lado e segurei sua mão. Ela deixou, me olhando um tanto estranho antes de fechar os olhos. Me lembro de conseguir dormir, só acordando uma vez com seus dedos acariciando meu cabelo para que eu sentasse e tomasse o remédio. Logo após disso, embarquei de novo no sono e despertei somente agora, por volta das oito da manhã.
Nat continua dormindo. Contemplo seu rosto sereno e a respiração pesada. Ela deve estar exausta. Provavelmente, passou a noite me checando. Isso traz uma sensação calorosa ao meu peito.
Falei sério em cada palavra de ontem. A verdade é que nada disso mais se trata apenas de tesão. Pode ter começado assim, mas se solidificou em algo a mais. E há muito tempo. Talvez antes mesmo de nós dois percebermos ou sequer admitirmos.
Jamais imaginei que fosse sentir por outra mulher o que senti por Peggy. E estava certo, porque o que sinto por Natasha é algo que nunca senti, de fato, por ninguém.
Eu posso ter amado Peggy, mas estou completa, enlouquecida e perdidamente apaixonado por Natasha. Ela é meu chão, meu ar e minha felicidade. Minha razão, minha força e minha vida. Ela se tornou tudo para mim, mesmo quando eu acreditava não ter me restado nada.
Em todo esse espaço dos meses que nós nos conhecemos, ela conseguiu se infiltrar na minha vida pouco a pouco até se torná-la por inteiro.
Estico a mão e brinco com seus fios ruivos. As pontas descoloridas sempre me fazem sorrir, pensando no que a levou deixar o acabamento do cabelo desse jeito. Isso é tão ela, tão despojado, tão autêntico e tão... tão Natasha.
