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No Sistema de Justiça Criminal, crimes sexuais são considerados especialmente hediondos. Na cidade de Nova York, os dedicados detetives que investigam esses crimes são membros de um esquadrão de elite conhecido como Unidade de Vítimas Especiai...
Perdão por qualquer erro de digitação e boa leitura!
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Pelo restante dos próximos dias, preciso aturar a presença de Sousa a cada minuto que se passa.
As únicas horas em que sinto que posso respirar sem cometer uma loucura é quando o Capitão nos manda para a rua investigar novos casos e testemunhas. Ao menos eu penso que esses momentos me darão uma folga dos pensamentos nada amigáveis que tenho em que me imagino enforcando Sousa com o fio do telefone. Mas então vêm os olhares curiosos e nada sutis de Natasha.
Ela ainda não comentou nada sobre a tensão que me cerca cada vez que me lembro da existência dele. Não sei se abriria o jogo se me perguntasse o que está acontecendo. Talvez sim. Já contei mais a ela do que contei a outras pessoas, então isso não seria tão ruim. A única coisa que me incomoda é precisar manchar a memória de Peggy.
Por um tempo, eu me forcei a acreditar que eram apenas boatos, mas a confirmação me enterrou no chão. Mesmo com a certeza diante dos meus olhos, literalmente, ainda tentei procurar por pedaços que pudessem me fornecer dúvidas, desesperadamente atrás de uma negação sólida, mas não tinha saída. Comecei a me lembrar dos enigmas que Peggy soltava, como algumas falas que antes eu julgava desconexas somadas ao comportamento distante, e passei a perceber que a verdade sempre esteve ali para mim e eu me forcei a não enxergar.
Peggy realmente estava tendo um caso com Daniel. E pior: o bebê não era meu, mas dele.
Não me sinto vingado por sua morte. Jamais! Perder Peggy me doeu do mesmo jeito, principalmente no modo violento em que aconteceu. Não me importa se o bebê fosse meu ou dele, ela se foi junto da criança e nada poderá mudar isso. Nunca.
Hoje completa duas semanas que Kate desapareceu. Não conseguimos ir muito além do que já havia sido descoberto, mas Sousa parece empenhado em detectar novas pistas.
Ao menos conseguimos encontrar quem assassinou Vanessa, outra de nossas vítimas. Foi o próprio chefe, que era obcecado por ela mesmo tendo ouvido não por diversas vezes. Cretino! Que apodreça atrás das grades e de lá só saia direto para o inferno!
Esse desfecho não trará Vanessa de volta, assim como não traz nenhuma das outras vítimas de volta, mas ao menos é um desfecho que pode simbolizar uma espécie de paz às famílias.
Já no trabalho, meu estresse continua cem por cento. Por mais problemas pessoais que tenha entre Sousa e eu, não irei atrapalhá-lo no que veio fazer aqui. Quero encontrar Kate tanto quanto ele e todo o restante da equipe. Ela é só uma criança que deve estar assustada, isso se também não estiver machucada de maneiras irreversíveis.
Não gosto nem mesmo de considerar essa possibilidade. Por mais difícil e doloroso que seja, prefiro visualizar um final em que Kate esteja bem e volte para casa, para os braços da mãe, que todos os dias liga para saber se conseguimos avançar em alguma coisa.
