São Paulo

50 4 6
                                    

      No dia seguinte, Jão acordou com o cheiro de café fresco invadindo o apartamento. Ele se espreguiçou na cama de baixo da beliche, sentindo os músculos ainda um pouco doloridos da longa viagem. Ao sair do quarto, encontrou Pedro na cozinha, preparando o café da manhã.

      Pedro era um jovem alto, de pele bronzeada e olhos castanhos, com um sorriso cativante e uma presença que enchia o ambiente. Ele estava usando uma camiseta simples e shorts, deixando à mostra seu físico atlético.

      — Bom dia! — disse Pedro, olhando para Jão com um sorriso caloroso. — Dormiu bem?

      — Bom dia! Dormi sim, obrigado. — respondeu Jão, ainda se acostumando com a nova rotina.

      — Que bom! Preparei um café da manhã. Espero que goste — disse Pedro, apontando para a mesa que estava coberta com pão, frutas e uma jarra de café.

      Jão se sentou à mesa e pegou uma xícara de café, sentindo-se grato pela recepção calorosa. Eles começaram a conversar, compartilhando histórias sobre suas vidas e expectativas para o futuro.

      — Então, Jão, o que te trouxe para São Paulo? — perguntou Pedro, curioso.

      — Eu sempre quis estudar publicidade e propaganda. A Universidade de São Paulo é a melhor, e quando meu primo Leo falou que você precisava de um colega de quarto, eu não pensei duas vezes ! — respondeu Jão, sorrindo.

      Pedro assentiu, admirando a determinação de Jão. — É uma área incrível. Tenho certeza de que você vai se dar bem aqui.

      Enquanto conversavam, Pedro não pôde deixar de notar como Jão era diferente de qualquer pessoa que ele já conhecera. Havia uma sinceridade e simplicidade nele que o atraíam. Ao mesmo tempo, Jão sentia-se cada vez mais confortável na presença de Pedro, percebendo que havia uma conexão especial entre eles.

      Mais tarde, Pedro convidou Jão para dar uma volta pela vizinhança. Eles caminharam pelas ruas movimentadas, com Pedro mostrando os lugares mais importantes, como supermercados, farmácias e pontos de ônibus.

      — Essa é a nossa parada de ônibus mais próxima. Daqui, você pode pegar um ônibus direto para a universidade. — explicou Pedro, apontando para a parada.

      — Obrigado, Pedro. Está sendo muito útil conhecer tudo isso. — disse Jão, grato pela ajuda.

      Quando voltaram para o apartamento, o clima entre eles estava mais leve e descontraído. Pedro sugeriu assistir a um filme para relaxar e eles se sentaram nas cadeiras de praia, dividindo uma manta para se proteger do frio da noite.

      Enquanto o filme passava, Pedro notou que Jão estava ficando sonolento. Ele se aproximou lentamente e colocou a mão no ombro de Jão, que se surpreendeu com o gesto, mas não se afastou.

      — Está tudo bem, Jão? — perguntou Pedro, com uma voz suave.

      — Sim, só um pouco cansado ainda. A mudança foi intensa. — respondeu Jão, sentindo-se confortado pelo toque de Pedro.

      Pedro sorriu e se aproximou ainda mais, sussurrando no ouvido de Jão: — Se precisar de alguma coisa, estou aqui para ajudar.

      Jão sentiu seu coração acelerar com a proximidade de Pedro. Havia uma tensão no ar, uma energia palpável que ele não podia ignorar. Ele olhou para Pedro e, sem dizer uma palavra, percebeu que talvez aquela nova vida na cidade grande reservasse mais surpresas do que ele jamais imaginara.

NÃO ERA AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora