O filme continuava a rolar, mas a atenção de Jão e Pedro estava claramente em outro lugar. O silêncio confortável entre eles era preenchido apenas pelo som do filme ao fundo. Pedro, ainda com a mão no ombro de Jão, sentiu uma conexão intensa e decidiu seguir seu instinto.
— Jão, eu... — Pedro começou, mas as palavras se perderam quando seus olhos encontraram os de Jão.
Antes que ele pudesse terminar a frase, Jão se inclinou ligeiramente, fechando a distância entre eles. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, explorando o novo território com timidez e curiosidade. A sensação era elétrica, um misto de nervosismo e desejo.
O beijo se aprofundou, tornando-se mais urgente e cheio de paixão. Pedro puxou Jão para mais perto, seus corpos se alinhando enquanto o mundo ao redor parecia desaparecer. A intensidade do momento era quase avassaladora, cada toque e suspiro amplificando a conexão entre eles.
De repente, o som de um celular tocando quebrou o encanto. Jão se afastou com um sobressalto, olhando ao redor até localizar seu celular vibrando em cima da mesa. Ele pegou o aparelho, ainda respirando com dificuldade, e viu que era sua irmã ligando.
— É minha irmã — disse Jão, olhando para Pedro com um misto de desculpas e excitação. — Preciso atender.
Pedro assentiu, dando espaço enquanto Jão atendia a ligação.
— Oi, mana! — Jão disse, tentando soar normal apesar do coração ainda acelerado.
— Oi, Jão! Só queria saber como você está se ajustando na cidade grande. Tudo bem por aí? — perguntou sua irmã com a voz preocupada, mas carinhosa.
— Sim, tudo bem. Estou me adaptando. O apartamento é simples, mas confortável. E o Pedro, meu colega de quarto, é bem legal — respondeu Jão, olhando para Pedro e trocando um sorriso.
— Fico aliviada em saber disso. Se precisar de alguma coisa, sabe que pode contar comigo, né? — disse sua irmã.
— Claro, mana. Obrigado por ligar. Estava com saudades de casa — disse Jão, sentindo um calor no peito ao ouvir a voz familiar.
— Me mantenha informada, tá bom? Beijos! — disse ela antes de desligar.
Jão colocou o celular de volta na mesa e olhou para Pedro, que ainda estava sentado na cadeira de praia, observando-o com um olhar intenso.
— Desculpe por isso — disse Jão, se aproximando novamente.
— Não precisa se desculpar. Família é importante — respondeu Pedro, sorrindo. — E, onde estávamos mesmo?
Jão riu, sentindo a tensão anterior se dissipar. Ele se aproximou de Pedro, sentando-se ao lado dele na cadeira de praia, e o puxou para um novo beijo, mais confiante e cheio de promessa.
Naquele momento, Jão soube que sua nova vida na cidade grande estava apenas começando, e com Pedro ao seu lado, estava ansioso para descobrir todas as surpresas e aventuras que o futuro reservava.
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NÃO ERA AMOR
Hayran KurguJão, um jovem criado no interior rodeado por sua família e seus amigos, se muda para a capital em busca de uma vida melhor e acaba conhecendo Pedro, juntos eles vão viver muita coisa, porém será que é amor?