Jão estava na UTI, cercado por máquinas que monitoravam seus sinais vitais. O ambiente era silencioso, exceto pelo som rítmico dos monitores e o leve zumbido dos aparelhos médicos. Pedro estava sentado ao lado de Jão, segurando sua mão com força, como se seu toque pudesse transmitir toda a esperança e amor que sentia.
Pedro observava Jão, ainda inconsciente, com uma mistura de tristeza e determinação nos olhos. Ele sussurrava palavras de encorajamento, na esperança de que, de alguma forma, Jão pudesse ouvi-lo - Jão, eu estou aqui. Você vai superar isso, meu amor. Por favor, volte para mim. Ainda temos tanto para viver juntos.
Os dias se transformavam em noites, e Pedro raramente deixava o lado de Jão. Ele se recusava a sair do hospital, dormindo em uma poltrona desconfortável, acordando a cada movimento ou som que Jão fazia. Os médicos passavam regularmente para verificar os sinais vitais e fazer ajustes no tratamento.
Médico: - Pedro, sei que é difícil, mas precisamos que você descanse também. Jão está respondendo ao tratamento, mas o caminho ainda é longo.
- Eu sei, doutor. Mas não consigo sair daqui. Preciso estar aqui quando ele acordar. - ele respondia com uma voz rouca.
Os amigos e familiares de Jão e Pedro apareciam ocasionalmente, trazendo comida e palavras de apoio, mas Pedro mal conseguia focar em outra coisa além de Jão. A única coisa que o mantinha de pé era a esperança de que Jão abriria os olhos em breve.
Uma tarde, enquanto Pedro segurava a mão de Jão, sentiu um leve aperto. Ele olhou rapidamente para o rosto de Jão, esperando ver qualquer sinal de consciência. Lentamente, os olhos de Jão começaram a se abrir, piscando contra a luz do quarto.
Pedro emocionado dizia - Jão? Você está me ouvindo?
Jão piscou mais algumas vezes antes de focar nos olhos de Pedro. Ele tentou falar, mas sua voz estava fraca e rouca. Mesmo assim, o pequeno movimento de seus lábios fez Pedro sorrir de alívio - Pedro...?
Pedro respondia com um sorriso no rosto - Sim, sou eu. Estou aqui, Jão. Estou aqui.
Lágrimas escorriam pelo rosto de Pedro enquanto ele segurava a mão de Jão com mais força. Ele mal podia acreditar que finalmente Jão estava acordando.
Médico: (entrando no quarto) - Parece que temos boas notícias. Jão, como você está se sentindo?
- Fraco... mas estou aqui. - respondeu com uma voz cansada.
Médico: - Isso é um ótimo sinal. Vamos monitorar você de perto, mas o fato de você estar consciente é um grande passo.
Jão olhou para Pedro, que ainda estava segurando sua mão, e viu o quanto ele estava abalado. Ele tentou sorrir, mas a dor e a fraqueza tornavam difícil.
- Me desculpa... por tudo. - ele dizia para Pedro
- Não, Jão. Não pense nisso agora. Só quero que você se recupere. Nós vamos superar isso juntos.
Os dias seguintes foram de recuperação lenta e constante. Jão ainda estava fraco, mas cada dia trazia pequenas vitórias: conseguir falar um pouco mais, mover as mãos e, eventualmente, sentar-se na cama com ajuda. Pedro estava sempre ao seu lado, encorajando-o e celebrando cada progresso.
- Estou tão orgulhoso de você, Jão. Você é forte, e vamos passar por isso juntos. - falava Pedro com um sorriso e segurando a mão de Jão.
- Eu não teria conseguido sem você, Pedro. Obrigado por não desistir de mim. - ele ainda meio fraco respondia.
- Nunca. Eu te amo, Jão. E nada vai mudar isso.
A conexão entre Jão e Pedro se fortaleceu ainda mais durante esse período de recuperação. Eles sabiam que o caminho à frente ainda seria difícil, mas juntos, estavam prontos para enfrentar qualquer desafio.
Durante os momentos de silêncio, Pedro refletia sobre o quanto tudo havia mudado desde o acidente de Jão. Ele se lembrava das noites em claro, das lágrimas que derramou quando achava que poderia perder Jão para sempre. Agora, vendo Jão lutar para se recuperar, ele sentia uma nova onda de esperança e determinação.
Os dias se transformavam em semanas, e a recuperação de Jão continuava. Ele passou a ter sessões de fisioterapia para recuperar a força e a mobilidade. Pedro estava ao seu lado em cada sessão, oferecendo encorajamento e celebrando cada pequena conquista.
Fisioterapeuta: - Jão, você está progredindo muito bem. Continue assim, e logo estará fora da UTI.
- Obrigado. Tenho um motivo muito especial para lutar. - ele respondeu o fisioterapeuta com um leve sorriso.
Fisioterapeuta: (sorrindo para Pedro) - Isso faz toda a diferença.
Certa noite, após uma longa sessão de fisioterapia, Jão e Pedro estavam de volta ao quarto da UTI. Pedro segurava a mão de Jão, seus olhos refletindo a profunda conexão e amor que compartilhavam. - Estou tão feliz por você estar melhorando. Ver você lutar assim me dá forças.
- E você me dá forças, Pedro. Não sei o que faria sem você. - respondia Jão sentindo o toque quente da mão de Pedro.
Eles passaram a noite conversando, relembrando momentos felizes e fazendo planos para o futuro. Jão sabia que ainda tinha um longo caminho pela frente, mas com Pedro ao seu lado, sentia que poderia enfrentar qualquer coisa.
E assim, na UTI do hospital, cercados por máquinas e medicações, Jão e Pedro encontraram uma nova força em seu amor, prontos para reconstruir suas vidas e seguir em frente, lado a lado.
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NÃO ERA AMOR
FanfictionJão, um jovem criado no interior rodeado por sua família e seus amigos, se muda para a capital em busca de uma vida melhor e acaba conhecendo Pedro, juntos eles vão viver muita coisa, porém será que é amor?