Após o fim do velório e do enterro, Jão e Pedro finalmente se despediram de sua família e retornaram a São Paulo. A viagem de volta foi silenciosa, cada um perdido em seus próprios pensamentos e emoções. O peso dos eventos recentes ainda estava sobre eles, mas sabiam que precisavam seguir em frente.
Naquela primeira noite de volta, decidiram que precisavam de uma distração, algo que aliviasse a tensão acumulada. Saíram para beber, visitando um bar próximo ao apartamento. As doses de bebida foram aumentando, e logo estavam rindo e conversando, tentando esquecer, ao menos por um momento, toda a dor e culpa que sentiam.
— Pedro, eu precisava disso. — Jão disse, sua voz ligeiramente embargada pelo álcool. — Precisava esquecer, mesmo que só por uma noite.
— Eu também, Jão. — Pedro respondeu, seus olhos brilhando com a bebida e a intensidade do momento. — Precisamos disso.
Eles se revezavam pedindo mais drinks, rindo de piadas antigas e compartilhando histórias da infância. O álcool fazia seu trabalho, deixando-os mais leves, desinibidos e despreocupados. Pedro olhou para Jão, seus olhos capturando um brilho que não via há dias.
Voltaram para o apartamento, cambaleando um pouco, mas rindo e se apoiando um no outro. Ao entrarem, a atmosfera mudou. O silêncio do apartamento vazio era acolhedor e, de certa forma, íntimo.
Pedro foi o primeiro a falar, sua voz suave e cheia de emoção. — Jão, eu... eu sei que não falamos sobre o que aconteceu, mas... — Ele não conseguiu terminar a frase, a culpa ainda pesando em seu coração.
Jão se aproximou, seus olhos fixos nos de Pedro. — Pedro, esta noite... só quero esquecer tudo. — Ele murmurou, antes de puxá-lo para um beijo intenso e apaixonado.
O beijo rapidamente se transformou em algo mais. Suas mãos exploravam os corpos um do outro com urgência, a necessidade de se conectar fisicamente superando qualquer hesitação ou culpa. Jão tomou a iniciativa, empurrando Pedro suavemente para a cama.
— Jão... — Pedro sussurrou, seu corpo reagindo ao toque de Jão.
— Shhh, Pedro. Esta noite, é só nós dois. — Jão respondeu, sua voz baixa e rouca.
Ele começou a despir Pedro, cada peça de roupa removida com cuidado e desejo. Seus toques eram firmes e carinhosos, a intimidade entre eles crescendo a cada momento. Quando Pedro estava completamente nu, Jão se posicionou sobre ele, seus corpos se alinhando perfeitamente.
— Jão, eu... — Pedro começou, mas foi interrompido por um beijo profundo.
— Confie em mim. — Jão murmurou contra os lábios de Pedro, antes de começar a se mover.
A conexão entre eles era intensa e cheia de paixão. Jão assumiu o controle, seus movimentos firmes e seguros, enquanto Pedro se entregava completamente, confiando e se rendendo ao prazer que Jão proporcionava.
— Isso... — Pedro gemia, sua voz embargada pelo prazer.
— Eu sei, Pedro... — Jão respondeu, seu ritmo aumentando enquanto buscava proporcionar ainda mais prazer a Pedro.
Os movimentos de Jão eram precisos e cheios de necessidade. Pedro segurou os ombros de Jão, sentindo cada músculo se contrair e relaxar com cada investida. A sensação era quase esmagadora, mas Pedro não queria que parasse.
— Jão... mais rápido... — Pedro pediu, sua voz entrecortada.
Jão atendeu ao pedido, seus movimentos se tornando mais rápidos e intensos. O quarto estava cheio de sons abafados de respiração pesada e suspiros, uma sinfonia de desejo e necessidade. A cama rangeu sob o peso dos corpos em movimento, mas nenhum deles se importava.
Pedro arqueou as costas, entregando-se completamente ao momento. O prazer aumentava a cada segundo, uma onda crescente que ameaçava submergi-lo. Jão sentiu a aproximação do clímax e intensificou ainda mais seus movimentos, determinado a levar Pedro junto consigo.
— Pedro... estou quase... — Jão murmurou, sua voz rouca.
— Eu também... Jão, eu... — Pedro respondeu, suas palavras se perdendo no êxtase do momento.
A explosão de prazer foi simultânea, ambos se perdendo na intensidade do clímax. Seus corpos tremeram e se contraíram, a satisfação inundando cada célula de seus seres. Quando finalmente se deitaram juntos, ofegantes e abraçados, a culpa e a dor ainda estavam lá, mas havia também uma nova camada de compreensão e apoio mútuo.
— Jão... — Pedro sussurrou, sua voz suave. — Obrigado.
— Sempre, Pedro. — Jão respondeu, segurando-o ainda mais perto.
Naquela noite, encontraram uma forma de se reconectar e de encontrar força um no outro para enfrentar os desafios que viriam. Eles não precisaram falar sobre o que havia acontecido; o silêncio e a proximidade física falaram por si.
Enquanto o cansaço tomava conta, Jão e Pedro adormeceram, ainda entrelaçados. A noite tinha sido uma fuga momentânea da realidade dolorosa, mas também um lembrete de que, apesar de tudo, eles tinham um ao outro para enfrentar o futuro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
NÃO ERA AMOR
FanficJão, um jovem criado no interior rodeado por sua família e seus amigos, se muda para a capital em busca de uma vida melhor e acaba conhecendo Pedro, juntos eles vão viver muita coisa, porém será que é amor?