𝐌𝐘 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌 - 𝐆𝐢𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭 𝐁𝐥𝐲𝐭𝐡𝐞

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Amy Burman

PROFESSOR PHILIPS INVENTOU uma dinâmica diferente, ele ditava e tínhamos que soletrar. Metade da sala já havia errado, assim sobrando eu, Anne, Ruby, Gilbert e Moody.

— Soletre afeiçoado. — o professor cruzou os braços olhando em nossa direção.

Era a vez da Ruby.

— A f e i s... — o professor a interrompeu.

— Errado. — ele revirou o olhos.

A garota voltou para o seu lugar.

— Soletre graça.

— G r a s s... — Moody foi interrompido.

— Matou a graça.

Confesso que eu estava nervosa, o medo de errar falou mais alto.

— Excluído.

Era a vez do Gilbert.

— E x c l u í d o. — sem dificuldade alguma ele soletrou.

Era um bom oponente.

— Muito bem.

Olhei para Ruby e ela estava com um sorriso enorme nos lábios olhando para o Moody que estava em pé na canto da parede.

Só conseguimos ouvir algumas risadinhas e palmas do lado dos meninos.

— Esnobe. — o professor olhou fixamente pra mim.

— E s n o b e. — suspirei aliviada após conseguir.

— Atroz.

— A t r o z. — Anne também soletrou sem nenhuma dificuldade.

— Penitente.

— P e n i.. t e n te. — foi a vez do Gilbert.

— Cedilha.

— C e d i l h a. — cruzei os braços.

— Intenções.

— I n t e n s... — Anne acabou errado, o que me deixou mais nervosa.

Ela saiu com a mão na barriga e assim que sentou falou algo para a Diana.

— Compromisso.

— C o m p r o m i s s o. — Gilbert sorriu pra mim.

— Dificuldade.

— D i f i c u.. l d a d e. — quase errei nessa, acabei me perdendo.

— Perseverança.

— P e r s e a... — e assim Gilbert Blythe errou.

O professor grunhiu e eu pude respirar direito.

— Você está bem? — Gilbert veio em minha direção.

— Sim sim, só fiquei um pouco nervosa. — sorri fraco.

Sentei do lado de Tillie e me ergui um pouco para falar com Anne.

— Anne, aconteceu alguma coisa? Está tudo bem?

— Estou com cólica. — a ruiva olhou para mim. — Sabia que eu deveria ter faltado hoje.

☆

A volta da escola foi tranquila, viemos conversando sobre diversos assuntos aleatórios como sempre.

— Mandou bem, Burman. — ele sorriu.

Ele se referia a soletração de hoje mais cedo.

— Fiquei muito nervosa, principalmente quando a Anne saiu.

— Imaginei.

— Você é um bom oponente, meu nobre. — dei alguns tapinhas no seu ombro.

— Obrigado, senhorita Burman. — ele riu enquanto balançava a cabeça de forma negativa.

Passamos em frente a casa dele, mas seguimos caminho. Depois que ele me deixou em casa, agradeci e acenei.

— Filha, por que você não convida seu amigo para um jantar amanhã? — minha mãe sorriu largo assim que entrei em casa. — Preciso me enturmar com meus vizinhos.

— Claro. — sorri animada.

Como vocês estão?