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Gilbert Blythe

IAMOS PARA A ESCOLA COMO todas as manhãs, ou quase todas. Como sempre Amy falava sobre diversos assuntos.

— Gilbert... — Amy me olhou com aquele olhar de cachorro pidão.

— O que você deseja, Burman? — ri nasal.

— Me ajuda nas atividades de matemática?

— Claro. Tudo por vc, Burman.

Ao chegar na escola, percebi uma movimentação estranha do lado do laguinho, logo Anne, Diana e Ruby foram na direção da morena.

— Amy, seu nome apareceu no mural. — Ruby sorriu animada.

A mudança de expressão no meu rosto foi inevitável, uma tristeza e uma raiva involuntária tomou conta do meu coração.

Eu não queria me sentir assim, ela é minha amiga.

Amy parecia surpresa por ver seu nome no mural, a garota olhou para mim e sua expressão mudou também.

Aquilo me incomodou tanto que não consegui prestar atenção na explicação da professora Stacy. Por que justo ela?

— Gilbert, você poderia me dizer a resposta? — professora Stacy apontou para o quadro.

— Ah... — olhei para o quadro e não entendi nada. — Desculpa professora Stacy.

Ela apenas sorriu fraco e acentiu.

Nem cabeça eu tinha pra elaborar uma resposta, talvez assim eu acertasse, mas nem isso eu conseguia.

Senti tristeza e raiva ao ver que ela estava sendo cortejada. Por que justo ela? Por que eu me sinto assim? Por que?

Ciúmes de amigo? Não. Quem eu estava tentando enganar?

Se concentra na aula, Gilbert.

Deu o horário do almoço, o tempo havia passado tão rápido.

— Às 17h? — Amy sorriu fraco.

Apenas acenti e sorri fraco.

Estávamos na biblioteca da casa dela estudando, eu havia passado um exercício para ela fazer enquanto eu lia alguns livros.

— Um homem de poucas palavras. — Amy me olhou por cima do livro.

Foi inevitável, um sorriso se abriu nos meus lábios.

— Aconteceu alguma coisa? Você ficou calado o dia inteiro. — cruzou os braços.

— Não — sorri fraco.

Bash riu tanto da minha cara assim que cheguei em casa, ele ficou falando "eu sabia, eu sempre soube que isso um dia iria acontecer".

— Você tem suspeitas de quem colocou seu nome no mural? — apoiei meus cotovelos na mesa.

— Não, e sinceramente, eu não quero saber. — a garota deu de ombros.

Por algum motivo, aquilo me deu um alívio tão grande por dentro.

Ai, amo

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Ai, amo

𝐌𝐘 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌 - 𝐆𝐢𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭 𝐁𝐥𝐲𝐭𝐡𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora