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Amy Burman

EU VOLTAVA DA ESCOLA CALADA e apreensiva, hoje é o dia em que Peter ia levar a tal da Josephine lá em casa. Infelizmente, Gilbert percebeu.

— Está tudo bem? Você não é assim — ele arqueou a sobrancelha.

— Peter acabou conhecendo uma garota alguns meses atrás — só com isso ele acabou entendendo onde eu queria chegar.

— Não fica assim, Amy. Faz parte da vida — ele me deu um abraço apertado.

Por que dói tanto?

O resto do caminho trocamos de papéis, dessa vez Gilbert que me fazia diversas perguntas.

Gilbert é um amor, é o melhor amigo que eu poderia ter.

— Já presenciou alguma chuva de meteoro? — ele perguntou animado.

— Já, pouquíssimas algumas vezes. Sempre que acontece, estou dormindo.

— Quando tiver a próxima chuva de meteoro, quero assistir com você. — ele sorriu largo enquanto olhava para o céu.

O maxilar dele é extremamente bonito.

— Fechado. — sorri largo.

Como sempre, Gilbert me deixou em casa e depois foi pra a sua, fiquei esperando ele entrar para poder entrar também.

Era de noite e a família da tal Josephine Miller havia chegado, meus pais conversavam com os pais dela, Peter conversava com a tal da Josephine e eu fiquei conversando com John.

— Estou doido pra provar o novo doce aquele a mãe fez, ele é de limão. — John comentou animado.

Só consegui lembrar de Gilbert na hora. Esse é o doce que ele classificou como o favorito.

— Sabe, se eu fosse um desconhecido, eu facilmente acharia que você e Gilbert é um casal.

Isso me fez querer rir.

— Por que você acharia isso?

— Ações. — ele deu de ombros.

E assim fomos sentar na mesa.

Eu nunca parei pra pensar em relação a isso.

Peter e Josephine pareciam felizes com tudo aquilo, eles riam e cochichavam algo no ouvido um do outro. Assim como eles, até nossos pais estavam animados com a ideia. Por que EU não estava feliz pelo meu irmão? Afinal, ele finalmente achou a menina que ele vai casar.

Passei o jantar inteiro calada, John notou e até tentou puxar assunto, mas eu não tinha ânimo.

No final do jantar, eles foram conversar e eu fiquei sentada em frente a janela olhando para a casa dos Blythe.

— Oi — Josephine sentou do meu lado com um sorriso amigável no rosto. — Amybeth, certo?

— Sim — acenti.

— Tudo bem? Desculpa por não ter falado com você antes, tive que dar atenção para seus pais.

— Ah, sem problemas. Estou bem. — sorri fraco.

— Por que você está aqui sozinha?

— Conversa de adultos é entediante. — ri baixo.

— Entendo. — ela sorriu largo. — Bom, se você quiser, pode ficar sentada do meu lado apenas observando, acredito que ficar aqui sozinha esteja chato e entediante.

— Obrigada — sorri amigável. — Está tudo bem, estou vendo as estrelas.

— Bom, a proposta está de pé. — ela levantou. — Vou voltar pra lá.

— Tudo bem. — e assim ela saiu.

Observar as estrelas também era uma das coisas que eu mais gostava se fazer.

Depois que eles foram embora, Peter veio em minha direção.

— Por que você ficou calada o jantar inteiro? — ele sentou do meu lado.

— Eu simplesmente odeio que você esteja me deixando. — meus olhos começaram a lacrimejar. — Não vá embora.

— Oh Amy... — Peter balançou a cabeça de forma negativa. — Eu não estou deixando você.

— Olha, naquele dia que eu disse que era pra você se casar e parar de encher meu saco, eu falei brincando. — meu olhar foi direcionado ao chão.

— Amy, é normal, isso um dia teria que acontecer. — ele sorriu fraco.

— Eu sei.

Encostei minha cabeça no ombro dele.

Se ser irmã mais velha é ruim, imagina ser irmã mais nova? (Sou irmã mais velha)

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Se ser irmã mais velha é ruim, imagina ser irmã mais nova? (Sou irmã mais velha)

𝐌𝐘 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌 - 𝐆𝐢𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭 𝐁𝐥𝐲𝐭𝐡𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora