- "𝘖𝘭𝘩𝘢 𝘱𝘳𝘢 𝘮𝘪𝘮, 𝘴𝘰𝘶 𝘴𝘪𝘮𝘱𝘭𝘦𝘴, 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘢𝘯𝘩𝘢 𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘫𝘦𝘪𝘵𝘢𝘥𝘢, 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘪 𝘶𝘮𝘢 𝘣𝘰𝘢 𝘦𝘴𝘱𝘰𝘴𝘢."
𝐀𝐦𝐲𝐛𝐞𝐭𝐡 𝐁𝐮𝐫𝐦𝐚𝐧, uma garota extrovertida e inteligente, ela tinha os pensamentos além do que...
IR PRA ESCOLA SEM GILBERT pra conversar estava sendo entediante, a única coisa que passava pela minha cabeça é "quando será que ele volta?", já fazia exatamente dois dias que ele estava em Charlottetown.
Chutei alguns galhos e pulei algumas pedras, agora era possível, já que a neve estava derretendo.
— Amy — vi Billy alguns metros longe de mim.
Franzi o cenho e fiquei o encarando.
Já fazia um bom tempo que ele não aparecia na escola e do nada ele resolve aparecer no meio do bosque.
— Sua mãe não te deu educação? Estou falando com você. — ele insistiu.
— Diga Billy, o que você quer? — revirei os olhos.
Ele apenas me encarou dos pés a cabeça. O que se passa na cabeça dele?
— Olha, eu tenho que ir, o dever me chama. — assim que passei do lado dele, ele pegou no meu braço.
O susto foi tão grande que meu coração acelerou, eu não esperava.
— Calma — ele sorriu malicioso.
— Tá ficando doido? Me solta! — a única coisa que veio na minha cabeça foi chutar no meio das pernas dele e sair correndo, então assim fiz.
— Ai! — ele se encolheu de dor. — Você está ficando doida?
Comecei correr desesperada, ele corria atrás de mim, meu coração estava acelerado, só consegui me tranquilizar um pouco quando cheguei perto da escola.
— Amy — Anne veio em minha direção com um sorriso enorme no rosto, mas a expressão da ruiva mudou assim que percebeu que eu estava apavorada. — Aconteceu alguma coisa?
— Bi... — quando eu ia falar, fui interrompida.
— O mural dos interesses está funcionando de novo! — Ruby veio em nossa direção entusiasmada.
— Que? Que mural? — franzi o cenho.
— Vem. — a loira fez um sinal para eu ir na direção dela.
Antes de sair, olhei para trás, ali só havia algumas crianças brincando e algumas pessoas entrando na escola.
— Amy, você está bem? — Diana franziu o cenho.
— Já já eu falo o que aconteceu.
Havia várias pessoas na frente do suposto mural dos interesses, Josie Pye estava feliz porque o nome dela apareceu.
— Será que seu nome vai aparecer? — Ruby olhou para mim.
— Acredito que não. — cruzei os braços um pouco abaixo do peito.
O sino bateu então tivemos que entrar na escola.
— Por que acha que não? — Diana franziu o cenho. — Olha pra você, você é linda, deve ter muitos pretendentes.
— Essa ideia me assusta. — ri nasal.
— Por que? É normal, Amy — Ruby sorriu largo.
— Olha pra mim, sou simples, estranha e desajeitada, nunca serei uma boa esposa. — a todo momento eu apontava para mim mesma.
— Para com isso, ele vai aprender a te amar mesmo com todos esses "defeitos". — Anne sorriu largo.
☆
Eu voltava da escola morrendo de medo, quando Anne soube do ocorrido, ela queria matar Billy, ela disse que já passou por isso.
Eu andava o mais rápido que eu podia, meu coração acelerou quando ouvi um galho se quebrando, comecei a correr desesperada.
— Amy, me espera! — era uma voz conhecida por mim.
Gilbert.
Olhei para trás e vi Gilbert correndo em minha direção.
— Está tudo bem? Desculpa se te assustei. — ele parou na minha frente.
— Pensei que fosse Billy. — suspirei aliviada.
— Billy? O que ele fez? — Gilbert arqueou a sobrancelha.
— Hoje mais cedo ele apareceu do nada, ele não falou nada demais, porém quando passei do lado dele, ele pegou no meu ombro e deu um sorriso malicioso.
A expressão dele mudou, queria saber o que se passava pela cabeça dele.
— Você está bem?
— Agora sim, mas ele começou a correr atrás de mim, foi assustador, eu fiquei apavorada.
— Ele não vale seu sofrimento. — ele me abraçou forte.
O resto do caminho Gilbert me contava como havia sido em Charlottetown, ele também contou encontraram a tal da Mari que Sebastian estava falando, eles a trouxeram para Avonlea.
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