𝐌𝐘 𝐏𝐑𝐎𝐁𝐋𝐄𝐌 - 𝐆𝐢𝐥𝐛𝐞𝐫𝐭 𝐁𝐥𝐲𝐭𝐡𝐞

10

Amy Burman

ACORDEI NO MEIO DA NOITE assustada, Peter e John chamavam pelo meu nome, levantei da cama na velocidade da luz com a vela na mão.

— Amy, pega os baldes na cozinha. — minha mãe corria pela casa com alguns lençóis na mão.

Eu estava atordoada, não estava entendendo o que estava acontecendo, mas fiz o que ela mandou.

— Aqui — entreguei.

Estava uma correria, eu estava caindo de sono e atordoada porque ninguém me falava o que estava acontecendo.

— Alguém me explica por favor o que está acontecendo? — olhei para John.

— A casa dos Gillis está pegando fogo. — ele colocou as coisas na charrete.

Fiquei apavorada também. Será que alguém se feriu? Será que estão todos bem? Era a única coisa que passava pela minha cabeça naquele momento.

Logo subimos na charrete, minha mãe orava e eu e meus irmãos nos encaravamos entre si.

Assim que nos aproximamos do local, já vimos várias pessoas tentando apagar o fogo, não esperei nem meu pai parar, pulei e fui em direção a Diana, ela estava com seus pais.

— Diana — abracei a morena.

— Amy — ela retribiu.

Logo depois Anne chegou, ela estava apavorada.

— Marilla me acordou falando que a casa da Ruby estava pegando fogo, vim o mais rápido que pude. Será que ela está bem?

Ruby veio em nossa direção com sua mãe e seus irmãos, a loira estava assustada.

— Todos estão bem? Alguém de machucou? — minha mãe veio em nossa direção com um semelhante preocupado.

— Sim, estamos bem. Conseguimos sair a tempo. — os olhos da mulher estavam vermelhos.

Fui em direção a Ruby pra falar com ela, a loira ainda estava um pouco apavorada, mas estava tentando se acalmar.

— Cadê a Anne? — Diana olhou para nós duas.

— Ela estava aqui — apontei para o lugar que ela estava.

— Vocês viram a Anne? — Marilla veio em nossa direção.

— Marilla, Marilla — um garoto baixo de cabelos castanhos foi em direção a mais velha. — A Anne está dentro da casa. — ele apontou.

Entramos em desespero na hora, Gilbert que estava jogando água pra apagar o fogo falou para Matthew que a viu, porém ela fechou a porta. Marilla queria entrar, mas minha mãe estava tentando acalmá-la.

Eu estava desesperada, foi questão de segundos e ela sumiu. Diana gritava o nome da ruiva, Marilla gritava... o desespero foi tão grande até que vimos a ruiva sair pela porta. Corremos em direção a ela para abraçá-la, ela tossia um pouco, mas mantinha um sorriso no seu rosto.

— Anne, você quer me matar? — Marilla abraçou a ruiva.

— Eu ajudei — a ruiva tossiu. — O fogo diminuiu.

— Por que você fez isso? — abracei a ruiva.

— O fogo precisa de oxigênio, se você fechar as portas e janelas, ele apaga. — ela explicou.

— Você tem noção do quão preocupada eu fiquei? — Diana abraçou a ruiva.

— A Anne conseguiu — o garoto baixo de cabelos castanhos sorriu largo. — ela reduziu o fogo.

— Como sabe disso? — Marilla perguntou, se referindo ao que a Anne havia acabado de falar.

— Foi a Anne, ela conseguiu — o garoto gritou.

— O manual de incêndio do orfanato — a ruiva tossiu. — Não tinha muita coisa pra ler lá.

Saímos dali e nos juntamos ao resto do pessoal, aos poucos o fogo foi apagando.

Minha mãe disponibilizou nossa casa para eles ficarem, mas a Ruby ficou com a Anne e os pais dela ficaram pra ajudar.

Depois de uma noite conturbada, cheguei em casa cansada e com muito sono, a única coisa que eu queria fazer era dormir.

Vocês preferem o frio ou o calor? Por favor, me digam que não sou a única que prefere o calor 😭💔