Aprendendo.

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– Você tá de gravata... – Dahyun pontuou ao observar Momo de cima a baixo. Ela sabia que elas iam ter essa conversa, na verdade passou o dia ansiosa para aquilo. Mas agora não sabia como começar.

– Talvez elas sejam sim, pra mim. – Momo estava ainda tentando encontrar a melhor forma de iniciar aquela conversa.

– Ou talvez você só pensou que em provocar, como se uma gravata fosse resolver nossos problemas mais rápido. – Em um impulso Dahyun deixou que uma parte ácida dela tomasse conta. – Não, eu... isso parece errado. – Dahyun colocou as mãos em seu rosto como se quisesse se esconder.

– Não se preocupe, eu sei que você tá chateada e até com raiva de mim. – Momo falou, ela praticamente deslizou do ponto onde estava até a cadeira ao lado de Dahyun. – Eu quero te explicar direitinho tudo, mesmo que eu ache que você já saiba como as coisas se seguiram.

– Por que você não me contou? – Dahyun fez a pergunta que tanto queria.

– Houve momentos em que eu quase contei, vezes que eu pensei que seriam ideais... na nossa primeira viagem a cidade da cooperativa, eu pensei em falar do contrato e do pedido de transferência, eu tinha feito por puro impulso de raiva e medo por pensar estar sendo usada por você, mas as coisas acabaram se desenhando para outro lado. – Momo se sentiu fortemente abalada ao confessar aquilo, se dando conta que nada daquilo poderia estar acontecendo se ela tivesse feito o certo meses atrás. Algumas lágrimas já começavam a cair. – Você falou o quanto me queria em sua vida e o quanto já estava lutando para que isso acontecesse, ao saber disso, pensei que se eu revelasse sobre as duas piores decisões da minha vida, eu perderia você no mesmo instante, estávamos nos acertando de uma briga e já embarcaríamos em outra...

– Você pensou tão errado... teria sido muito mais fácil para mim lidar com tudo isso naquele momento em que eu já estava na situação de crise e resolvendo ela. – Dahyun olhou para Momo, sentiu dor em si ao vê-la chorando, quando capturou os olhos de sua namorada, a trocada de olhar foi sentida e dolorosa. – Por meses eu achava que estávamos bem, que tínhamos problemas normais e ainda nosso ciúmes que estávamos controlando... então eu simplesmente cai desse lugar incrível de felicidade que eu estava.

– Meu amor... – Momo pois sua mão por cima a de Dahyun que estava na mesa e a segurou firme, mas sem força, começou um carinho com o polegar.

– Momo você não tem ideia de como eu fui pega de surpresa? E ainda tive que ver o rosto triunfante da cobra da Sra. Wei. – Dahyun novamente colocou suas mãos em seu rosto, seu choro era um pouco mais intenso.

Ao sentir falta da mão de Dahyun na sua, Momo acabou fazendo um biquinho quase que involuntário de insatisfação. Mas o pior foi ver como sua namorada estava triste e fragilizada. Delicadamente ela foi tirando as mãos que estavam cobrindo o rosto dela e fez algo que era comum que Dahyun fizesse nela, colocou uma mão de cada lado de seu rosto vermelho e com lágrimas.

– Eu cometi um grande erro, não só um, eu não sei como colocar isso, mas ter aceito o contrato foi o que nos colocou juntas, pois eu iria declinar da vaga se não fosse por ele, eu não vou dizer que me arrependo disso, mas eu me arrependo profundamente por não ter te contado dele, eu deveria ter feito naquela manhã quando contei sobre a aposta. Meu amor outra verdade é que você nunca foi uma aposta pra mim, eu apenas fingir que não significava nada pensando que não iria ser seu interesse. – Momo deu tudo de si para que Dahyun visse em seus olhos a sinceridade. – Eu também me arrependo de ter pedido aquela transferência depois da nossa primeira briga, e mais ainda por também não ter te contado. Eu não vou me isentar falando que agora é claro que a Sra. Wei só queria me usar como um peão a favor dos interesses dela, pois eu devia ter sido madura, eu deveria ter te ouvido, pelo menos não ter tomado uma decisão tão importante na hora da raiva. Eu fui mimada, cabeça dura e principalmente, eu fui desleal com você, enquanto você me contava tudo, eu apenas... eu me escondi na minha própria covardia e contei com a sorte de que tudo ficaria bem no final.

Na trilha do amor. - Dahmo. - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora