A viagem.

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Momo fico olhando a cena, se era ela que tinha que caminhar por uma conversa, então assumiria sua responsabilidade, então quando Sana a puxou para seguir Dahyun, ela estancou para impedir que elas continuassem andando.

– Sana, pode deixar que eu assumo daqui. – Momo disse decidida.

– Olha Momo, muito fofo você querendo ser firme nessa situação, mas a Dahyun é bem capaz de te chutar do voo. – Sana disse, tinha uma pontinha de deboche em seu tom de voz. – Eu sei lidar com ela.

– Eu agradeço de verdade, você tá fazendo bem mais do que eu mereço, mas eu realmente prefiro tentar sozinha agora. – Momo falou, ela ficou em dúvida se Sana estava brincando e debochando ou sendo pratica e sincera. – Pode deixar que eu tenho um paraquedas perfeito para o mau humor da nossa chefinha. Muito obrigada mesmo.

– Tá bom, pelo menos eu ganhei um fim de semana de folga e eu acho bom você voltar com a Dahyun sorrindo, entendeu? Porque se vocês não se resolverem, quem vai pagar por essa tentativa de reconciliação vai ser eu. – Sana falou tentando ser intimidadora. – Boa viagem Momo e boa sorte, você vai precisar muito, não faz ideia de o quanto.

– Obrigada, bom fim de semana então Sana e mais uma vez obrigada.

Momo seguiu o mesmo caminho antes feito por Dahyun. Apesar de tudo, ela estavam com uma confiança inabalável, em sua mente não seria tão difícil assim fazer Dahyun lhe ouvi, as duas eram adultas e a imatura tinha sido ela. Agora que tinha se dado conta disso, era só contornar. Deu um sorrisinho quando viu sua chefe. Sabia que seu chamar era imbatível.

– Parece que temos um voo para fazer juntas. – Momo falou até um pouco cínica assim que ficou ao lado de Dahyun, ela sabia que se fosse bancar a desesperada ia levar um chute na cara. – Posso segurar a sua mala...

– Você pode voltar para sua casa, eu tenho uma viagem de negócios pra fazer. E como uma das pessoas que mais confio acabou de agir pelas minhas costas para ajudar a “revisora boba que eu fiz de cachorrinho” eu definitivamente não estou de bom humor. – Dahyun falou, ela tinha uma postura quase que ameaçadora. Depois simplesmente virou as costas e saiu na direção da sala de espera.

– Eu tô muito ferrada... – Momo falou baixo enquanto negava com a cabeça se dando conta que seria um longo fim de semana.

Depois de fazer o check-in, Momo também foi para sala de espera, o voo iria sair só às 19h o que ainda dava pelo menos uns 20 minutos antes do embarque começar para ela. Não era uma viagem longa, uma duração de 2h30. Olhou para todos os cantas até ver Dahyun em uma pequena mesa de apenas dois lugares. Perfeito, foi até lá.

– Você poderia ter pego um café para mim... se bem que pelo horário o mais certo é tomarmos um suco, você quer de que? – Momo falou assim que se sentou e colocou sua bagagem de mão na mesa ao lado da de Dahyun.

– Eu quero que você pare de me seguir. Desista dessa viagem Srta. Hirai, não vai conseguir nada do que planeja. – Dahyun falou sem desviar os olhos de seu celular.

– Certo. Eu vou pegar o de morango. Quer algo pra comer? – Momo perguntou e esperou por uma resposta que não veio. – Tá bom, os sanduíches daqui nem devem se comparam com o seu mesmo. Só um suquinho saindo.

Dahyun apenas revirou os olhos. Como pode aquela mulher ali tentando de tudo para falar com ela de forma normal podia ser a mesma que lhe desprezou por quase uma semana depois de lhe acusar de algo que ela não tinha de fato total culpa? Mesmo magoada, ela daria seu braço a torcer que um fundo quentinho de esperança ardeu em seu peito com aquela situação. Mas sem dúvida nenhuma, ela não iria facilitar.

Deixar alguém entrar em sua vida como ela estava deixando Momo, não era exatamente o tipo de coisa que ela fazia com qualquer pessoa ou com frequência. E agora em uma primeira crise, se dava conta que havia muito para se conversar e compreender, caso realmente fosse se permitir a voltar a ter o que estavam construindo.

Na trilha do amor. - Dahmo. - Twice.Onde histórias criam vida. Descubra agora