12° Capítulo.

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Assim que entrei na boate senti olhares sobre mim, ignorei a todos e segui em direção ao camarote, subi e no meio do caminho encontrei com Miguel.

- Caralho, tenho que cancelar a bebida! – Ele disse pegando no meu rosto e me olhando fixo.

- Larga de ser feio menino, e larga meu rosto também. – Eu disso rindo da situação.

- Você é igual a Amanda, você conhece a Amanda?

- Gente, cancela a bebida mesmo. Miguel, foca aqui. – Eu disse pegando no rosto dele. – Sou eu, Amanda, esposa do Gabriel, eu acho, enfim, sou eu não pira.

- Já entendi, não precisa furar meu rosto com a sua unha. – Ele disse passando a mão onde tinha ficado marca.

- Meu Deus! Pode deixar que eu vou explicar isso pra Lívia. – Eu disse gargalhando.

- Porra Amanda, vai lá arrancar a pele do seu marido, a minha não. – Ele disse seguindo bravo para o banheiro.

Tinha varias pessoas conhecidas ali, cumprimentei algumas e fui a procura de Gabriel, eu olhava pra todos os lados até que o vi sentando em um sofá no canto do camarote, ele estava sozinho. Fiquei um tempo parada o observando, eu não sabia bem o que fazer ou dizer pra ele naquele momento, apenas fui até ele e me sentei ao lado.

- A festa está tão ruim assim? – Eu perguntei e ele olhou para mim se assustando, ele se virou de frente pra mim com uma cara assustada e não disse nada. – Passei o dia inteiro viajando pra poder te ver e você não vai dizer nada?

Ele ficou me olhando por minutos sem dizer nada, ele parecia não acreditar que eu estava ali, eu estava ansiosa pela reação dele, decidi quebrar o silêncio.

- Eu te amo Gabriel, não faz sentindo o que estamos fazendo.

- Me desculpa. - Ele disse me puxando e me envolvendo em seu abraço. - Eu sei que eu errei, más eu te amo tanto, me perdoa. - Ele dizia me apertando mais.

- Eu estou aqui por você, não estou?

Toda a raiva que senti dele pareceu nunca ter existido quando o vi ali, eu o amo tanto, não fazia sentido não estar com ele, eu não saberia mais viver sem ele. Ficamos envolvidos naquele abraço por um bom tempo até que fomos interrompidos por Miguel.

- Olha isso aqui Gabriel, eu vou denunciar essa mulher pra polícia, ele quase arrancou minha bochecha com a unha. - Ele disse revoltado apontando para as marcas da minha unha na bochecha dele.

- Meu deus Miguel, me desculpa. - Pedi depois que vi que eu realmente tinha machucado a bochecha dele.

- Não desculpo, ta doendo. - Ele disse emburrado se sentando no sofá.

- Oh meu Deus, ele está bravinho. - Gabriel disse zombando dele.

- Pronto, agora já vai sarar tá nenem. - Eu disse dando um beijo na bochecha.
- Idiota. - Miguel disse segurando o riso.

- Vamos dançar amor? - Me levantei estendendo a mão para Gabriel.

- Estou com saudade. - Ele disse no meu ouvido enquanto dançávamos.
Não disse nada, só o beijei, naquele beijo toda a saudade que sentíamos veio a tona, foi um beijo quente, com desejo, quase nos esquecemos que estávamos em publico.

- Quer sair daqui? Você não gosta de lugar assim. - Ele perguntou fazendo carinho em meu rosto.

- Não! Quero beber, hoje eu estou pro crime. - Eu disse puxando ele em direção ao bar.

- Hoje o que?  - Ele perguntou me virando de frente pra ele.

- Tô pro crime. - Eu disse sorrindo de canto pra ele.

Doces mudanças 2° Temp.Onde histórias criam vida. Descubra agora