28° Capítulo.

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  Eu estava deitada no colchão quando ouvi barulho de carros do lado de fora, me encostei na parede tentando ouvir algo mas em segundos a porta se abriu e os dois homens entraram enfurecidos.

- Como eles acharam a gente? - Um deles gritou comigo. - Você esta com alguma coisa aqui? - Falou tentando achar algo em mim.

- Para, eu não tenho nada aqui. -Falei chorando.

- Rastreador. - Um deles falou chamando a atenção do outro. - A merda do carro dela tinha rastreador.

- Que merda, que merda. - Gritou. - Eu não vou sair daqui preso e se eu morrer você morre junto.

Meu corpo se estremeceu, ele passou um braço pelo meu pescoço e apontou a arma pra minha cabeça me puxando para fora do quarto.

- Se entrarem, ela morre! - O mais velho deles gritou próximo a porta da sala.

- A casa esta cercada, é só se entregarem que tudo acaba bem. - Um homem gritou do lado de fora. - Eu posso falar com a Amanda?

Os homens se olharam mas não disseram nada, apenas me puxou pra perto da porta.

- Amanda? - O homem gritou lá de fora. - Olhei pedindo permissão para responder.

- Estou aqui. - Falei.

- Você esta bem?

- Sim!

- Tem quantas pessoas com você ai?

- Já chega!

Fui puxada para o centro da sala e me colocaram sentada no chão atrás do sofá enquanto um deles conversava encostado ao lado da porta.

- Vocês vão me matar? - Perguntei ao homem do meu lado.

- Não sei, só quero sair daqui vivo. - Ele estava nervoso.

- Eu só quero voltar pra minha família, por favor. - Chorei mais.

- Cala boca e para de chorar. - Gritou batendo em meu rosto com a arma me fazendo gritar.

- Amanda? Fala comigo! - O homem do lado de fora me chamou.

- Estou aqui, ta tudo bem. - Falei limpando o sangue que escorria pelo meu rosto.

Passamos horas naquela negociação, já estávamos todos cansados, eu sentia que eles não iriam se entregar e aquilo me preocupava.

- Quer saber, chega! Eu saio daqui preso e você volta pra sua linda vida? Não, isso não vai acontecer. - Gritou apontando a arma pra minha cabeça.

- Não, por favor não, eu faço qualquer coisa. - Implorei ajoelhada.

- Já era pra nós dois. - Senti o cano da arma na minha testa, não conseguia fazer nada, a imagem dos meus filhos, de Gabriel, minha família e amigos passavam pela minha cabeça, aquele não podia ser o meu fim. Um silêncio ali se fez, nada era ouvido nada em canto algum, o homem a minha frente destravou sua arma, segundos pareceram horas. Um estrondo foi ouvido na porta fazendo com que a mesma se quebrasse inteira, me joguei no chão mas pude ouvir um tiro, eu não conseguia entender o porquê mas eu estava tonta e com a visão embaçada, ouvia muitas vozes mas não conseguia entender o que diziam, alguém me pegou no colo e eu não conseguia me mexer, estava fraca, sabia que tinham me levado para fora da casa ao sentir o vento frio bater em minha pele. Senti alguém tocar meu rosto e falar comigo, era o Gabriel o cheiro dele entrou em pulmões me fazendo estremecer, foi a última coisa que senti antes de apagar.

Pensamento Gabriel.

Me fizeram ficar dentro daquele carro, depois de horas sai dali e me sentei no chão atrás do carro, em um momento ouvi Amanda gritar, minha vontade era entrar naquele lugar e tirar ela dali, o dia já amanhecia e o clima estava tenso, os polícias ouviram algumas coisas dentro da casa eles se prepararam para invadir, eu estava enlouquecendo ali, me afastaram e depois de um silêncio um barulho enorme foi ouvido e logo depois um tiro, aconteceu muito rápido quando me levantei pude ver Amanda sendo carregada por um policial, havia sangue em seu rosto,corri até ela mas ao me aproximar um policial me empurrou me fazendo cair, só pude ouvir ele dizendo " Ela foi baleada na cabeça" um frio percorreu minha espinha, não era possível aquilo estar acontecendo, aquilo não podia estar acontecendo, eu não podia perder a mulher da minha vida daquele jeito.  

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