»★« ; 𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟏

113 13 0
                                    

“Chame o meu nome e me salve da escuridão. Faça meu sangue correr. Antes que eu desapareça.” — Bring Me To Life;
Evanescence.


A noite estava fria, o ar cortante preenchido por uma tensão elétrica que parecia palpável

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A noite estava fria, o ar cortante preenchido por uma tensão elétrica que parecia palpável. Cada passo que eu dava em direção ao carro era acompanhado por um arrepio que percorria minha espinha, como se a própria cidade estivesse sussurrando segredos sombrios. As luzes das ruas lançavam sombras dançantes nas paredes dos edifícios ao meu redor, criando um cenário quase surreal. No horizonte, o som distante de motores rugindo ecoava, um prenúncio sinistro do que estava por vir. 

Eu nunca imaginei que estaria aqui, prestes a participar de uma corrida de última hora que poderia decidir o destino do Sprint Nocturno. Até então, minhas habilidades sempre foram relegadas aos teclados, às telas de computador, e às sombras da noite. Correr nunca fez parte do meu repertório. Mas agora, parado diante daquele carro, eu me via diante de um desafio que nunca imaginei enfrentar.

Enquanto fitava o reflexo distorcido nas janelas do carro, não pude deixar de questionar minha própria adequação para essa missão. Será que eu, com minhas habilidades tecnológicas, era realmente a pessoa certa para enfrentar uma situação como essa? O rugido crescente dos motores ao longe parecia zombar das minhas dúvidas, cada vez mais próximo, cada vez mais inevitável.

Eu sequer sabia se estava preparado para o que estava por vir. Mas ali estava eu, prestes a embarcar em uma corrida que não só testaria meus limites, mas também definiria o rumo de tudo o que conhecia. O destino do Sprint Nocturno estava em jogo, e eu não tinha outra escolha a não ser correr, não apenas pela vitória, mas pela sobrevivência de algo muito maior do que eu.

Javier, que até então permanecera ao meu lado em um silêncio tenso, finalmente se virou para me encarar. Seus olhos verdes escuros refletiam a preocupação que ele tentava disfarçar. Ele mordeu levemente o lábio inferior, como se estivesse ponderando sobre as palavras certas a dizer. Quando finalmente falou, sua voz estava carregada de uma mistura de ansiedade e solidariedade jamais vista por ele.

— Você vai ficar bem? Eu posso tentar convencer meu irmão a mudar de ideia e você não precisa...

Eu o interrompi antes que ele pudesse terminar, pousando minha mão em seu ombro em um gesto que esperava ser tranquilizador. Senti a tensão em seus músculos, a hesitação que ele carregava em relação ao que estava por vir. 

— Não se preocupe. Eu vou ficar bem. — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, quase como se eu estivesse tentando me convencer tanto quanto a ele.

Javier soltou um suspiro pesado, seu olhar vacilando entre meu rosto e o carro à nossa frente. Ele sabia tão bem quanto eu que as palavras que trocávamos não eram suficientes para dissipar os medos que nos rodeavam. A corrida que se aproximava era mais do que apenas uma competição; era uma batalha pela sobrevivência, um teste de coragem e habilidade que poderia mudar tudo. Tudo o que conhecíamos da história do Sprint Nocturno e tudo o que nos conectava à adrenalina.

𝑨𝑩𝑰𝑺𝑴𝑶 Onde histórias criam vida. Descubra agora