»★« ; 𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟓𝟏

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ᴸᵒˢ ᴬⁿᵍᵉˡᵉˢ;ᴱᵁᴬ ⁰¹ ᵈᵉ ᴹᵃʳçᵒ ᵈᵉ ²⁰²⁴¹⁹;³⁰

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ᴸᵒˢ ᴬⁿᵍᵉˡᵉˢ;
ᴱᵁᴬ ⁰¹ ᵈᵉ ᴹᵃʳçᵒ ᵈᵉ ²⁰²⁴
¹⁹;³⁰

— O que acontece se a pessoa, presa nas pistas do enigma do caos, descobre a palavra antes de ser formada?

Indaguei, quebrando o silêncio que reinava dentro do carro, enquanto meus olhos permaneciam fixos na estrada à frente. O som do motor da Lamborghini Aventador rugia em nossos ouvidos, mas, mesmo assim, minha pergunta cortou o ar como uma lâmina, afiada e inesperada. Ao meu lado, Alejandro, que até então sorria feito um bobo, admirando cada detalhe do luxuoso interior, virou-se lentamente para mim, o sorriso esvaindo-se de seus lábios, dando lugar a uma expressão de puro horror. Seus olhos turquesas refletiam a inquietação gerada por minha pergunta repentina, como se o simples ato de pensar na resposta já trouxesse consigo um perigo iminente, algo proibido, envolto em mistério e medo.

Ele piscou algumas vezes, tentando processar o que eu havia dito, enquanto seu sorriso desaparecia por completo, substituído por uma tensão palpável que parecia pesar no ar ao nosso redor. Por um momento, pensei que ele poderia ignorar a pergunta, desviar o olhar e voltar a se perder na admiração pela máquina que rugia sob nós, mas Alejandro não era do tipo que fugia de perguntas perigosas, especialmente aquelas que carregavam em si um tom de desafio. Agora quando se tratava de agir, já não falo o mesmo.

— Você realmente quer saber? — ele perguntou, a voz carregada de uma seriedade que não combinava com o tom despreocupado que usava momentos antes. Seus dedos, antes relaxados sobre os joelhos, agora se entrelaçavam nervosamente, como se aquela simples questão tivesse despertado algo profundo e indesejado dentro dele.

— Se eu não quisesse, não teria perguntado — respondi, sem tirar os olhos da estrada. O caminho à nossa frente parecia mais escuro, como se a noite estivesse conspirando para nos envolver em sua sombra, escondendo os segredos que meu questionamento acabara de trazer à tona.

Alejandro suspirou profundamente, desviando o olhar para a escuridão além da janela por um breve momento, como se buscasse refúgio em qualquer coisa que não fosse a terrível verdade que estava prestes a revelar. Quando finalmente voltou a me encarar, o horror inicial em sua expressão havia cedido lugar a uma resignação amarga, como se ele estivesse prestes a entregar um segredo que não deveria jamais ser dito em voz alta.

— Dizem que quem descobre a palavra antes de ser formada... — começou ele, sua voz trêmula, quase inaudível, carregando o peso de uma antiga maldição. Por um instante, ele hesitou, como se estivesse lutando contra uma parte de si mesmo que relutava em continuar. — Dizem que essa pessoa está destinada a conhecer o verdadeiro caos. Não apenas a entender o enigma, mas a se tornar parte dele… E isso, meu amigo, é uma loucura indescritível, porque é nesse momento que o verdadeiro inferno começa. Seu antagonista vai te caçar com ainda mais ferocidade, vai usar essa palavra contra você, como uma arma, uma maldição que te arrastará para o precipício.

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