»★« ; 𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟑²

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Cuidado, você pode se dar mal.
É melhor pensar duas vezes.
Sua linha de pensamento será alterada.
Então se você vacilar, seja sábio.”

— Disturbia; Rihanna.



Próximos capítulos contém gatilhos!!

Quando finalmente recobrei a consciência, não tinha ideia de quanto tempo havia passado

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Quando finalmente recobrei a consciência, não tinha ideia de quanto tempo havia passado. Não sabia se foram horas, minutos ou dias, só soube que estava de volta à realidade quando despertei gemendo de dor. Meu corpo ainda estava tenso dos treinamentos do dia anterior, e minha cabeça latejava ao som distante de música e murmúrios. Não podiam ser dias, pois ainda podia ouvir os ecos da festa de André em pleno andamento.

Ao me virar, percebi que estava de volta ao meu quarto, com o relógio no criado-mudo marcando dez e meia. Quinze minutos. Eu desmaiara por apenas quinze minutos.

Resmunguei, ainda me sentindo tonto ao me levantar. Alguém havia drogado minha bebida, e agora meu corpo sofria as consequências. Como diabos as pessoas gostavam de sentir essa porcaria de sensação? Eu não tinha nada contra quem usava, mas preferia estar no controle do meu corpo, não me sentindo como uma gelatina descoordenada.

Cambaleei até o banheiro, tentando recuperar a compostura enquanto a tontura persistia. A imagem do salão principal da mansão Torres ainda ecoava em minha mente: as luzes brilhantes, os rostos sorridentes, a atmosfera de celebração contrastando com minha própria confusão e desconfiança. Alguém queria me manter fora de cena, e tinha conseguido.

Lavei o rosto com água fria, tentando afastar os resquícios do entorpecimento. A cena do momento em que desmaiei não era clara, apenas flashes da festa e uma sensação de vertigem persistente. Eu precisava descobrir quem estava por trás disso e por quê.

De volta ao quarto, chequei rapidamente o celular, mas não havia mensagens de André ou de qualquer outra pessoa da família. Eles agiam como se nada tivesse acontecido, como se minha ausência momentânea não fosse nada além de um contratempo insignificante na festa deles. Isso só aumentava minha desconfiança.

De repente meu celular tocou e minhas sobrancelhas se enrugam com  o número desconhecido. Será que era alguém da minha família? Não, eles devem achar que estou desmaiado ainda. Será que era notícias do hospital? Eles até agora não tinha me dado notícias de Kenji e só de imaginar meu coração acelerou. Quando atendi senti meu corpo tremer. 

Parabéns! — ouvi a voz firme do outro lado da linha, e meu corpo tremeu involuntariamente.

Tirei o celular da orelha, verificando o número novamente. Mesmo  não estando salvo em meus contatos, posso claramente saber que era o senhor Nakamura. Sua voz é reconhecível até mesmo de olhos fechados.

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