🚩𝐄𝐬𝐭𝐚 𝐨𝐛𝐫𝐚 é 𝐮𝐦 𝐝𝐚𝐫𝐤 𝐫𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞 🚩
Após anos de confinamento injusto por um crime que não cometeu, Javier Torres emerge da escuridão da prisão com uma alma dilacerada e um coração endurecido. Libertado pelo único herdeiro restante...
“Saiba que a noite é jovem, e eu quero sentir a adrenalina. Dance até o sol, até o sol nascer. Você pode ser a pessoa com quem eu estava me apaixonando desde o começo.”
— Overdrive; Essiyas
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ᴸᵒˢ ᴬⁿᵍᵉˡᵉˢ, ᴱᵁᴬ. ²⁷ ᵈᵉ ʲᵃⁿᵉⁱʳᵒ ᵈᵉ ²⁰²⁴
Depois de comer e trocar algumas palavras, a maioria vagas, da minha parte, decidimos nos arrumar, notando o quão péssima estava nossa aparência, pareciamos zumbis acabados de tão assustadores. Seria fácil nos confundirem com mortos-vivos de the walking dead em busca de cérebros pela casa. Os olhares desagradáveis dos serviçais me fizeram levantar abruptamente da mesa para resolver a situação. Encontrei os olhos turquesa de Alejandro, seu semblante confuso ao ver-me levando meu prato até a pia.
— Já terminou? — ele pergunta, levantando-se também. — Pensei que fosse a equipe que recolhesse os pratos. — sua voz denota confusão, fazendo-me rir e negando com a cabeça.
Ah, Alejandro, tem tanto para aprender.
— É verdade, mas é a Marta quem lava. — digo, buscando esponja e sabão. Ao encontrá-los em um potinho roxo, começo a lavar meu prato. — E como é ela, o mínimo que posso fazer é lavar o que sujei. — comento, sentindo a água fria em minhas mãos. Antes que pudesse me perder em pensamentos, ouço Alejandro rir.
— Você é imprevisível. Sempre que penso que te conheço, descubro que não. — ele se aproxima, surpreendendo-me com seu próprio prato em mãos. Lanço-lhe um olhar antes de sorrir, percebendo sua expressão de surpresa. — O que foi?
Cruzo os braços, apoiando-me na pia.
— Nada. Achei que deixaria a modéstia de lado e se deixaria mimar um pouco. — ele riu incrédulo, lavando seu prato, como uma pessoal normal. Coisa que este cara não era.
— Eu até aceitaria, mas você se levantou primeiro. Pensei que um imperador de merda como você só ficava sentado dando ordens. Ou matando a primeira pessoa que te toca. — ele dá de ombros, fazendo-me franzir o cenho com seu comentário. — Talvez eu tenha me enganado, hermanito.
— Vai a merda! — ele ri, e eu bufo, perdendo a paciência. Depois de uma refeição decente, sinto-me exausto. Meus olhos até ficaram pesados. Chio em êxtase só de saber que dormiria em uma cama limpa e macia após anos. Mas, primeiro eu tinha que dar um jeito na minha cara.
— Então, qual é o nosso primeiro plano do dia? — Indaga Alejandro, buscando uma resposta enquanto se aproximou, forçando-me a reprimir minhas emoções e virar as costas. Escuto-o murmurar algo antes de seguir atrás de mim. — O que houve?
