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Sinto o vento frio bagunçar meu cabelo e me causar arrepios, logo abraço meu próprio corpo tentando me proteger.
A pessoa que esteve no teatro não pode estar tão longe, ela não saiu do teatro não tem nem três minutos. A rua já está fazia por conta da hora, provavelmente a maioria as pessoas estão em suas casas.
Olho para todos os lados e não vejo ninguém, nem sinal de vida. Quando do outrado da rua, virando a esquina, eu vejo um homem vestido de branco.
Meu coração fica ainda mais acelerado, parece que ele vai sair pela minha boca a qualquer momento.
Começo a correr para o outro lado da rua, mas sou interrompido com uma luz forte de farol em meus olhos e em seguida sinto meu corpo ir de encontro ao chão.
- Você está bem? - O homem de branco ao meu lado diz limpando suas vestes.
- S-sim... Obrigado. - Digo e olho minhas mãos que estavam vermelhas e ardiam um pouco.
O motorista do carro que quase me atropelou, nem ao menos sai do carro para se desculpar comigo, apenas deu a marcha ré e foi embora.
- Não me agradeça, é o meu trabalho.- O desconhecido me ajuda a levantar e eu começo a limpar minha roupa.
- Cuidar das pessoas? Por acaso você é médico? - Digo rindo e ajeito minha blusa.
- Sou seu anjo da Guarda, Jisung - responde com a maior naturalidade do mundo.
Duvido disso, duvido. Se for verdade, onde ele esteve quando eu fiquei sozinho ou estava na merda? Sei muito bem, anjo da Guarda.
- Impossível... Não, você não é. - Digo e começo a caminhar na direção do Teatro.
- Eu cuido de você desde o dia que você nasceu... Jisung, você não podia ter feito aquele trato. - As mãos do tal anjo seguraram meus ombros, me fazendo virar e ficar frente-a-frente com ele.
- Por que eu não podia? Você que diz cuidar de mim, cuidou quando eu tava na merda? - Pergunto sentindo a raiva percorrer meu corpo, ao ter que lembrar que a meses atrás eu não tinha nada.
- Eu cuido de você pra não morrer, não tomo conta de como você administra a sua vida. - Ele diz calmo olhando em meus olhos.
Eu tinha que aceitar, a culpa realmente é minha. Eu não administrei minha vida direito, por isso ela virou aquele caos...
- Meu pai lhe deu o livre arbítrio, você não pensou bem nas suas escolhas.... - O anjo ainda olhava em meus olhos.
- Dizem que seu pai cuida de todos... Por que ele não cuidou de mim? - Pergunto sentindo meu peito apertar e um nó se formar em minha garganta.
- Desculpa... Isso eu não posso responder. - É o que ele diz, em seguida me envolvendo em seus braços. - Acho que começamos errado... Eu vou te dizer meu nome. O que acha?
Retribuo o abraço e fecho meus olhos, me encaixando ao corpo do anjo e concordo com um simples acenar de cabeça.
- Meu nome é Anael, mas pode me chamar pelo meu nome humano, Dara, se preferir. - Ele diz acariciando meu cabelo.
Escuto a voz dos meninos me chamando e abro os olhos. Estou na calçada do outro lado da rua do teatro e carros passavam normalmente na rua.
- Jisung, o que foi que aconteceu?- Felix é o primeiro a vir correndo até mim, sem nem ao menos olhar antes de atravessar e me olha de cima a baixo.
- Eu to bem, eu achei que tinha visto alguém. - Digo rindo e tirando as mãos do moreno dos meus ombros.
- Meu Deus, não me mata do coração, sou lindo pra morrer assim. - Meu professor, que acabou de chegar ofegante, assim como Hyunjin ao seu lado, diz.
- Você saiu andando, sem dizer onde ia, ficamos preocupados, principalmente o Lucas. - Hyunjin diz apoiando as mãos nos próprios joelhos pra recuperar o fôlego.
- JISUNG, ME ESPERE. JÁ ESTOU INDO - Lucas grita do outro lado da rua.
Meu namorado sempre zelou pela segurança, ele é cuidadoso e preocupado. Olho para os lados e os sinais de trânsito estamos verdes, por isso ele não atravessou ainda.
Em seguida um barulho alto de freada brusca e escutado por todos. Levando a direção de todos os olhares para a direção de onde o barulho tinha vindo.
Nesse momento, tudo o que eu vejo é em câmera lenta. O carro parando, o corpo de Lucas sendo jogado uns metros pra frente e o barulho... Barulho de impacto.
Sem nem ao menos olhar para os lado, se estava ou não vindo carro, corro em direção ao corpo de Lucas, gritando para que alguém chame uma ambulância.
- Meu bem, ei.. Olhe pra mim.. - Eu digo enquanto acaricio o rosto de Lucas, que está no chão.
- Já chamei a ambulância. - A voz desesperada de Seungmin é ouvida por mim.
Ao longe eu escutava Felix discutindo com alguém, não sei quem é, talvez motorista do carro.
Lucas está desacordado, aqui na minha frente. Não posso fazer nada... Eu não consigo fazer nada, meu corpo travou. Não tem sangue, então qual o motivo de ele estar desacordado?
- Por favor, Lucas... Acorda, querido... - Digo já sentindo as lágrimas quentes descendo por minhas bochechas.
As luzes da ambulância e do carro de polícia começaram a iluminar com suas cores vermelhas e azul. Logo os paramédicos vieram e pediram para que eu saisse dali.
Eu não quis sair, me negava a sair. Então Hyunjin veio e conversou comigo, me tirando dali em seguida.
Eu não consigo parar de chorar, só de pensar que Lucas pode morrer. A culpa invade todo meu corpo. Se eu não tivesse vindo atrás do anjo, nada disso teria acontecido.
Isso é culpa minha...
Seung foi no meu lugar na ambulância, ele disse que no meu estado eu só deixaria as coisas piores e que eu deveria me acalmar.
E quando eu dei meu último soluço em meio ao choro, eu apenas disse uma última frase:
"Deus, por favor, salva meu namorado"
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𝐐𝐮𝐞𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐃𝐢𝐚𝐛𝐥𝐨 !𝐌𝐢𝐧𝐬𝐮𝐧𝐠¡
FantasyAo ver sua vida inteira, indo por água a baixo. Han Jisung encontra um ser que pode mudar sua vida, tanto para melhor quanto para pior. - Posso te dar tudo o que deseja, Han. Basta apertar minha mão - Diz o desconhecido Jisung deve ou não confiar n...