𝐅𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐨 𝐏𝐨𝐜̧𝐨

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- Senhora... Me leve o mais longe possível, mas só tenho cinquenta wons pra pagar. - Digo a mulher que estava na direção, assim que ela inicia a corrida.

- Você parece muito abalado... Aconteceu alguma coisa, pequeno? - a mulher disse com um tom acolhedor porém preocupado na voz.

- Tirando que eu não tenho mais casa, vida, dinheiro e psicológico. Tudo aconteceu... - Digo sem humor, me sentando de qualquer jeito no banco de trás.

- Quando acontece algo de ruim na nossa vida, é para melhorar. - A motorista diz com a sua voz doce e delicada. - Essa é apenas uma, das milhares de provações que Deus fará você passar... Você acredita em Deus, não é?

Essa pergunta. A pergunta que vira e mexe fica ecoando na minha cabeça. Para ser sincero eu nem sei mais se acredito ou não. Ele me fez, e faz, passar tantas coisas. Coisas difíceis que ninguém deveria passar, em hipótese alguma.

- Acredito,eu acho, mas ele tem me feito passar por tanta coisa... Que eu nem sei se ele realmente quer o meu bem. - Resolvo dizer a verdade para a mulher desconhecida.

- Pode me dizer o seu nome?- A mulher mais velha pergunta. - O meu é Clarisse.

- Meu nome.. Meu nome é Han, Han Jisung. - Resolvo não mentir para ela, que parecia querer ajudar.

- Olha... Só de olhar para você, posso ver que não passou dos vinte e cinco ainda. Você é jovem, tem uma vida inteira pela frente. Não desista. Quando ver uma chance, agarre ela com unhas e dentes, não deixe-a escapar. Antes que seja tarde e você se arrependa. - Clarisse diz com um pesar na voz, como se isso já tivesse acontecido com ela.

- Não tenho mais onde se segurar... Tudo se foi. - Respondo baixo, como se fosse um perigo as outras s pessoas escutarem.

- Recomece, e se perder tudo, recomece mais uma vez. A vida é feita de altos e Baixos. - O tom de voz calmo de Clarisse talvez quisesse me dizer que eu precisava de alguém. Alguém que fosse meu Protetor e que eu me sentisse seguro quando estivesse por perto.

- A minha vida está na parte baixa... Você está dizendo que vai melhorar? - Pergunto em tom de humor. - Estou esperando melhorar a dois meses.

- Você fez alguma coisa nesses dois meses?

Não, minha vontade era dizer a verdade.

A mulher me olhava pelo espelho do parabrisa e estava claro em minha face qual era a resposta.

- Onde estão seus pais?

Ta aí, uma pergunta que eu procuro a resposta a anos. Não pela parte da minha mãe, e sim pela parte do meu pai. Minha mãe não falava sobre ele quando eu estava perto dela, uma vez eu ouvi ela dizer que ele tinha ido embora, ou sei lá o que.

- Minha mãe preferiu o marido e se mudou pra fora do país, não sei onde meu pai está ou se está morto. - Falo simplesmente e dou de ombros. - Patético não? Um homem de vinte e dois anos, que perdeu tudo e não sabe sobre os pais.

Vejo que paramos, o carro mão estava mais em movimento e todos os outros veículos passavam normalmente por nós. Sem nem saber o que estava acontecendo dentro desse carro. A chuva já caía lá fora, fazendo todos que estavam na começarem a correr da mesma.

- Te trouxe até o outro lado da cidade, o subúrbio da cidade de Seul. Não sei se ajuda, mas pelo o que eu vi, você queria ir o mais longe possível dos seus problemas. - Clarisse se vira para me olhar, logo após terminar de dizer. - Não precisa pagar, use seu dinheiro para uma coisa importante.

𝐐𝐮𝐞𝐫𝐢𝐝𝐨 𝐃𝐢𝐚𝐛𝐥𝐨 !𝐌𝐢𝐧𝐬𝐮𝐧𝐠¡Onde histórias criam vida. Descubra agora