capítulo 20: laços de irmãos

3 5 1
                                    

(gente me desculpa, mas eu fico confundindo o nome do irmão da Hannah 😂😂😂 já chamei ele de Ethan sendo que ele era o Noah, mas eu corrigi isso. Agora é só Lucas)

Hannah

Alguns meses se passaram desde que Lucas e Kelly começaram a namorar. Nesse tempo, tiveram muitos encontros. Agora, se sentiam mais confortáveis um com o outro, os sentimentos deles cresciam mais a cada dia.

Gosto de ver meu irmão com Kelly, pois ele a faz sorrir mais. No entanto, temo que ele possa decepcioná-la.

Ser a irmã mais velha não é fácil, especialmente quando se tem que cuidar do irmão mais novo após a morte dos pais.

Após a morte dos nossos pais, cuidei de Lucas. Mas quem cuidava de mim? Confortava Lucas quando ele chorava pela perda dos pais, mas quem me confortava quando eu chorava baixinho à noite, para que Lucas não ouvisse?

Acabei cuidando de mim mesma. Por isso, admiro tanto a Kelly. Ela tinha mãe, mas não recebeu os cuidados de uma mãe. Em vez disso, foi maltratada e humilhada por ela. Kelly criou Nathan sozinha, com alguma ajuda minha, é verdade, mas mesmo sem a minha ajuda, ela teria cuidado dele sozinha.

Quando nossos pais faleceram, eu tinha dezoito anos e Lucas dez. Trabalhei em três empregos para sustentar a nós dois. Hoje, tenho trinta e um anos, nunca me casei nem tive filhos, e não tive a oportunidade de realizar meus sonhos. Mas sei que nunca é tarde para isso.

Por isso decidi fazer um curso de pedagogia. Tive que amadurecer e assumir responsabilidades cedo, ajudando meu irmão com suas tarefas e ensinando-lhe muitas coisas. Por isso, quero ser professora, quero poder ensinar mais crianças.

°°°
Estava sentada no sofá, refletindo sobre o passado, o presente e o futuro. Meus pensamentos sempre flutuavam entre esses três pontos. Preocupava-me com o passado, pois acreditava que ele poderia melhorar o presente. Preocupava-me com o presente, pois ele poderia moldar o futuro. E, claro, preocupava-me com o futuro, pois não podia prever.

Lucas se sentou ao meu lado, preocupado, chamando minha atenção e me trazendo de volta à realidade.

- Hannah - ele chamou - já te sugeri procurar terapia, mas você insiste em continuar assim. Isso é ansiedade, você sabe?

Não gostava quando Lucas falava assim. Para mim, era normal me preocupar com o futuro.

- Isso tudo é por causa do trabalho e da faculdade - disse Lucas.

- Sou assim desde que nossos pais morreram.

Lucas mudou sua expressão para tristeza. Toda vez que mencionava nossos pais, ele ficava quieto, o que me deixava preocupada.

- Lucas, não fique assim - disse, colocando minha mão em seu ombro.

- Me desculpe, Hannah, eu devo ter sido uma grande responsabilidade quando era criança - disse Lucas, seus olhos cheios de remorso.

- Todas as crianças são, Lucas. Nós dois fomos, para nossos pais - respondi, tentando aliviar seu peso, mas não parecia ter funcionado.

- Ainda assim, Hannah, eu sei que não deve ter sido fácil para você - insistiu ele.

- Não, não foi fácil - confessei - mas eu faria tudo de novo. Porque você é meu irmão, Lucas.

- Obrigado, Hannah. Obrigado por ter ficado ao meu lado.

- Não precisa agradecer, Lucas. É isso que irmãos fazem, cuidam um do outro quando necessário.

- Sim, é verdade. E falando em cuidar, acho que você deveria considerar fazer terapia - ele sugeriu, tentando aliviar o clima.

Eu ri, e ele se juntou, o som de nossa risada preenchendo o espaço. Mesmo em momentos difíceis, conseguíamos encontrar um motivo para sorrir.

AS LÁGRIMAS NUNCA VÃO PARAR DE CAIR Onde histórias criam vida. Descubra agora