Kagome subiu os degraus que a levavam para seu apartamento, de forma lenta e monótona. Ao abrir a porta, se deparou com sua sala simples, mas aconchegante. Seus olhos seguiram para o pequeno aparador, que continha inúmeros porta retratos, cortesia de sua mãe sempre que ia visitá-la.
Ela passou os olhos por aquela fotos antigas, mas que nem pareciam tão antigas assim. Viu ali fotos de suas antigas amigas: Eri, Ayumi e Yuka, pensou por um momento em como é que elas estariam. Desde que se mudou de Tóquio não teve mais contato com nenhuma delas. Não estava pronta para receber perguntas sobre um suposto namorado agressivo/ajeitadinho..., na verdade, ela continuava sem estar preparada para isso.
Pegou em suas mãos uma daquelas molduras, todos estavam juntos, incluindo Hojo.
-"Pobre Hojo" - Kagome não pode deixar de pensar.
Esperava que ele estivesse bem e que, finalmente, tivesse encontrado alguém que o correspondesse.
Mais a frente, seus olhos encontraram as fotos de sua família. Um retrato com, somente ela e sua mãe, outro com ela e Sota... Como sentia falta deles...
Segurou firmemente a moldura que continha um retrato de sua família, sem ela. Seus olhos cairam na imagem de seu avô e foi inevitável as lembranças de quando ele contava as histórias de uma certa jóia.
Kagome respirou fundo, devolvendo a foto para o lugar onde estava e se afastou até a janela. Ela olhava para fora, para o movimento da rua onde as pessoas iam e vinham, vivendo suas rotinas. Não tinha sido apenas uma vez que Kagome tentou sentir algo, alguma energia que a revelasse a presença de yokais, porém o resultado era sempre o mesmo: nada.
O mundo estava limpo desses seres sobrenaturais e isso deveria ser bom..., mesmo que significasse que... Inuyasha..., não existisse mais...
Quando foi que ela parou de respirar?
Saiu da janela, pois não suportava mais tentar algo que, sabia que seria em vão. Seguiu para o seu quarto e olhou em direção ao maleiro, prometeu a Tomoyo que tentaria mais uma vez..., só mais uma vez.
Desceu uma mochila grande para que pudesse guardar roupas suficientes para uma semana. Ao puxar a bolsa, sentiu que algo caiu sobre ela.
Colocou a bolsa na cama e viu que o que caiu era um caderno, uma especie de diário, nem se lembrava de ter trazido aquilo com ela. Sentou-se na cama e abriu as páginas que já estavam um pouco amareladas.
"Sinto tanta falta dele... Ainda consigo sentir o calor do seu abraço em meu corpo."
Kagome virou a página, mal conseguindo se conter em ler aquela primeira frase.
"Hoje fiz minha primeira tentativa de abrir o poço. Iniciei com um ritual de purificação logo pelas primeiras horas do dia. Após isso, comecei o processo de meditação, mas..., eu senti alguma coisa."
"20º tentativa de abrir o poço.
O que é isso que parece me sugar? É desesperador!
Eu sinto como se fosse a própria morte me chamando... Por que será isso está acontecendo? Será que o poço está me rejeitando? Uma ameaça explicita de que não devo forçar meu retorno?"
"120º tentativa de abrir o poço.
Mamãe disse que eu desmaiei mais uma vez enquanto meditava, ela entrou em pânico pois eu não voltava como das outras vezes e passei o dia sem acordar... Não posso continuar preocupando ela assim...
Não me lembro de ter perdido os sentidos, lembro que senti medo, minha energia se chocava com algo grande, mas não soube destinguir ser era uma energia maligna ou não... Só era poderosa. Muito poderosa e me chamava...
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Último Sacrifício
FanfictionSete anos se passaram desde que Kagome voltou da era feuldal, não conseguindo mais atrevassar o poço. Ela havia desistido de tentar voltar ao passado e buscou levar uma vida comum, enterrando, assim, seu coração. Mas os sonhos da ultima batalha volt...