Capítulo 20

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Era Feudal - 3 meses depois.

-Quando você disse que o Shippo voltava?

Sango parou de amarrar o tecido que formava uma pequena trouxinha e passou a buscar a informação em sua memória:

-Se não me engano, depois de amanhã.

Miroku tinha acapado de limpar seu Shakujo, estralando suas costas enquanto ficava de pé. Ele andou em direção a sua esposa, se posicionando atrás dela e apoiando a cabeça na curvatura de seu pescoço.

-Está pronto para levar?

-Sim. Tentei fazer mais daqueles bolinhos... Ele pareceu ter gostado...

-Acredito que sim...

-Por favor..., tente traze-lo... Me sinto mal por vê-lo assim, fico pensando em como Kagome nos reprovaria.

-A senhorita Kagome jamais nos reprovaria por isso. Estamos fazendo tudo o que podemos por ele... Acredito que..., nesse caso..., somente ela seria capaz de trazê-lo de volta...

Sango cobriu o rosto com as mãos e virou-se de frente para o marido, deixando-se cair em seu peito.

-Por que ela não volta? - Ela disse coma voz abafada.

-Pelo mesmo motivo que ele não consegue ir até ela...

Sango levantou a cabeça, revelando os olhos marejado para o marido.

-Sinto tanta falta dela...

Miroku passou os braços ao redor da esposa, a abraçando fortemente.

-Nunca pensei que diria isso, mas... Sinto falta das nossas batalhas.

Sango soltou uma pequena risadinha abafada.

-Não diria pra tanto, mas eu gostaria que ela estivesse aqui. 

-Eu também...

A mulher se separou do corpo do marido, ajeitando distraidamente a ponta do pano que cobria os alimentos.

-Você vai levá-los agora?

-Primeiro vou ver como está a senhora Kaede e a senhorita Kaoru. Depois passarei no templo para me certificar se está tudo bem com a senhorita Suri.

-Você está desconfiando de alguma coisa? - Sango conhecia bem o seu marido e sabia quando ele agia de forma cautelosa, mesmo quando tentava disfarçar.

-Na verdade, meus pensamentos estão bem confusos e estou buscando um norte. - Ele sorriu. - Mas pode ficar tranquila.

-Você também não está adoecendo? Parece pálido e sinto que emagreceu...

-Como eu disse, fique tranquila, minha esposinha. O que eu tenho é apenas cansaço.

Sango não tinha muitas alternativas a não ser concordar, temporariamente, com o monge.

Miroku pegou a pequena trouxa que sua esposa havia preparado e saiu de casa.

Ele seguiu seu itinerário, passando antes na simples cabana da velha Kaede, reparando que a idosa, apesar da frágil aparência, parecia estar estável e insistia em ajudar no templo.

A senhorita Kaoru, a primeira sacerdotisa pela qual eles pediram ajuda, parecia estar bem melhor do que no dia anterior, porém ainda se mantinha fraca graças aos sintomas de vômitos e desmaios que estava sofrendo.

Ambas sacerdotisas estavam sob os cuidados da pequena Rin e de Sango, que passava a maior parte do seu dia com ela para ajudar no que fosse preciso, mesmo com as gêmeas em seus calcanhares.

Último SacrifícioOnde histórias criam vida. Descubra agora