Era Feudal - 3 meses depois.
-Quando você disse que o Shippo voltava?
Sango parou de amarrar o tecido que formava uma pequena trouxinha e passou a buscar a informação em sua memória:
-Se não me engano, depois de amanhã.
Miroku tinha acapado de limpar seu Shakujo, estralando suas costas enquanto ficava de pé. Ele andou em direção a sua esposa, se posicionando atrás dela e apoiando a cabeça na curvatura de seu pescoço.
-Está pronto para levar?
-Sim. Tentei fazer mais daqueles bolinhos... Ele pareceu ter gostado...
-Acredito que sim...
-Por favor..., tente traze-lo... Me sinto mal por vê-lo assim, fico pensando em como Kagome nos reprovaria.
-A senhorita Kagome jamais nos reprovaria por isso. Estamos fazendo tudo o que podemos por ele... Acredito que..., nesse caso..., somente ela seria capaz de trazê-lo de volta...
Sango cobriu o rosto com as mãos e virou-se de frente para o marido, deixando-se cair em seu peito.
-Por que ela não volta? - Ela disse coma voz abafada.
-Pelo mesmo motivo que ele não consegue ir até ela...
Sango levantou a cabeça, revelando os olhos marejado para o marido.
-Sinto tanta falta dela...
Miroku passou os braços ao redor da esposa, a abraçando fortemente.
-Nunca pensei que diria isso, mas... Sinto falta das nossas batalhas.
Sango soltou uma pequena risadinha abafada.
-Não diria pra tanto, mas eu gostaria que ela estivesse aqui.
-Eu também...
A mulher se separou do corpo do marido, ajeitando distraidamente a ponta do pano que cobria os alimentos.
-Você vai levá-los agora?
-Primeiro vou ver como está a senhora Kaede e a senhorita Kaoru. Depois passarei no templo para me certificar se está tudo bem com a senhorita Suri.
-Você está desconfiando de alguma coisa? - Sango conhecia bem o seu marido e sabia quando ele agia de forma cautelosa, mesmo quando tentava disfarçar.
-Na verdade, meus pensamentos estão bem confusos e estou buscando um norte. - Ele sorriu. - Mas pode ficar tranquila.
-Você também não está adoecendo? Parece pálido e sinto que emagreceu...
-Como eu disse, fique tranquila, minha esposinha. O que eu tenho é apenas cansaço.
Sango não tinha muitas alternativas a não ser concordar, temporariamente, com o monge.
Miroku pegou a pequena trouxa que sua esposa havia preparado e saiu de casa.
Ele seguiu seu itinerário, passando antes na simples cabana da velha Kaede, reparando que a idosa, apesar da frágil aparência, parecia estar estável e insistia em ajudar no templo.
A senhorita Kaoru, a primeira sacerdotisa pela qual eles pediram ajuda, parecia estar bem melhor do que no dia anterior, porém ainda se mantinha fraca graças aos sintomas de vômitos e desmaios que estava sofrendo.
Ambas sacerdotisas estavam sob os cuidados da pequena Rin e de Sango, que passava a maior parte do seu dia com ela para ajudar no que fosse preciso, mesmo com as gêmeas em seus calcanhares.
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Último Sacrifício
FanfictionSete anos se passaram desde que Kagome voltou da era feuldal, não conseguindo mais atrevassar o poço. Ela havia desistido de tentar voltar ao passado e buscou levar uma vida comum, enterrando, assim, seu coração. Mas os sonhos da ultima batalha volt...