Capítulo 31

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Tóquio - 1 dia antes.

Ele estava furioso com aquela cena repetitiva. Seu olhar aguçado captava, mais do que o necessário, os movimentos daquelas criaturas insignificantes na calçada de seu prédio.

A sala de seu escritório estava de cabeça para baixo, assim como sua casa.

-Pelos céus, o que pensa que está fazendo?

-Está saindo muito ultimamente de seus aposentos , Irasue.

A inu dayoukai caminhou, simulando uma dificuldade para atravessar os móveis e papéis espalhados pelo lugar.

-Você deu trabalho à pobre humana do seu clã. Confesso que acho divertido vê-los desesperados correndo atrás de suas exigências, mas tenho que dizer que está exagerando, filhote.

Sesshomaru manteve-se impassível e qualquer um poderia dizer que o lorde ignorava, com êxito, as falas de sua mãe. Mas ele estava exagerando e sabia disso muito bem.

-Vamos, querido - Irasue se pôs ao lado dele - me diga o que te aflige.

Irasue sorria enquanto fazia o pedido, mas o sorriso tremeu em seu rosto ao notar a pertubação no rosto de seu filho. Ele, realmente, considerava tirar conselhos com a matriarca?

-Filho..., você sabe muito bem que posso te ajudar. Por séculos que eu afirmo e reafirmo que estou do seu lado.

Sesshomaru não desviava seu foco, seu olhar matinha-se fixado na rua abaixo de seu escritório. Seus pensamentos conflitavam com idéias objetivas e simples, mas... Qual era o problema?

-A humana do seu meio-irmão? - Irasue disse, quase assustando o daiyoukai.

Ele olhou para a mulher ao seu lado, sempre com as mesmas vestes tradicionais. Ele a invejava por isso. A invejava por ela não ter se submetido às leis desse novo mundo, ao mesmo tempo em que ela ditava as regras de seu próprio mundo e caminhava entre eles quase despercebida.

Ela era um dos últimos daiyoukais mais poderosos que ele conhecia com poderes de controlar o tempo e espaço e com acesso direto ao submundo, mas somente ela se misturava entre os sobreviventes desse novo século. Os outros pareciam que já os haviam abandonado há tempos, permitindo que seres como Kirinmaru acreditassem que não existia nada além deles mesmos.

Irasue estava além de seu próprio poder e, tinha que admitir, tê-la ao seu lado poderia ser considerado um trunfo, por mais irritante que inconveniente que ela pudesse ser.

Ela percebeu que Sesshomaru não responderia, não o julgava por aquilo. Em seu íntimo, Irasue sabia que Sesshomaru estava confuso sobre o que pensar. Talvez ela dissesse que ele não fazia ideia qual era a ligação de suas emoções com o retorno da sacerdotisa de Inuyasha, por isso estava ali para ajudá-lo.

A demonesa se aproximou mais do filho, segurando gentilmente pelos braços.

-Eu digo que não consigo entender o porquê você sofre assim com algo tão simples. Kagome é sua arma secreta, senão a arma principal de seu exército. - Ela olhou para a mesma direção que ele. - Com Kagome em seu clã, Kirinmaru será derrotado, sem sombra de dúvidas.

-E isso requer seu sacrifício. - Sesshomaru disse de forma seca.

Irasue se afastou, buscando qualquer sinal de alguma coisa no rosto de seu filho.

-Está, realmente preocupado com isso?

Sesshomaru olhou para sua mãe, virando-se completamente para ela. Apesar da expressão tediosa, ele tinha raiva da mulher por não considerar o óbvio, o obrigando a falar:

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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