"Aceito"

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🌈⃝⃒⃤  Espero que gostem do capítulo!

CONTAGEM REGRESSIVA: UM...

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Por Remus Lupin

Ao abrir a porta e sentir a maçaneta gelada sob minha mão quente, eu soube que o animal irracional que vivia em mim estava prestes a sair. Estar em casa com meu filho e meu noivo não deixava isso melhor mas Sirius disse que não iria sair dali. Teddy afirmou o mesmo, pronto para ficar em quatro patas assim que fosse necessário.

Naquele momento agradeci a Lucius por ter feito do meu filho um animago.

Admirei as pessoas na porta, Draco e Harry com o rosto tentando se manter tranquilo. Scorpius e MJ estavam visivelmente nervosos e ansiosos com alguma coisa. Maria por sua vez estava muito calma e tinha um brilho lindo naqueles olhinhos puxados.

Era tão fofa.

Expliquei que não era um bom momento para ter mais gente perto de mim, Draco afirmou que era exatamente por isso que estavam ali. Maria estendeu para mim um pote de balinhas esféricas, tinham uma coloração marrom e era do tamanho de bolinhas de gude.

— Balas? — ergui a sobrancelha e me senti tonto, olhei no relógio. A noite se aproximava ainda mais — Ok, obrigado.

— É melhor se sentar, professor. — Draco tocou minhas costas e me colocou sentado na poltrona. Eu o olhei por uns segundos, gostava desse garoto e esperei que ele me dissesse o que estava havendo — Eu acho que a Maria devia explicar.

— Eu? — a pequena retorquiu em um rosto envergonhado, Teddy tocou seu ombro passando confiança mesmo que não soubesse do que se tratava — Hã, bem... o senhor se lembra de quando comemorou seu casamento? Na casa dos Blacks? O senhor cortou a mão em uma garrafa.

— Sim, me lembro sim — dei um leve sorriso ao lembrar do motivo da comemoração, e olhei para a pequena cicatriz avermelhada na minha mão direita — Mas o que isso tem a ver com o assunto?

— Bom, no caco de vidro da garrafa quebrada ficou uma quantidade considerável de sangue. Uma quantidade suficiente para dois tipos de... experimento?

— Experimento? Maria, por favor, não me diga que teve contato com o meu sangue, sabe que não pode-...

— Eu fui cuidadosa, eu fiz tudo com três luvas de látex que eu roubei da casa do Draco — disse sincera, fazendo nós darmos uma risadinha, ela deu de ombros e se aproximou com papéis em suas mãos — Eu misturei seu sangue com uma poção de cura contra marcas do mal que Willow fez.

— Não há poção no mundo que cure licantropia — eu a interrompi gentilmente, mesmo que meu coração estivesse pulando na caixa torácica — Não há.

— E também não deveria haver nada que apagasse uma marca negra — Draco se meteu erguendo o pulso esquerdo me mostrando sua pele imaculada — Mas Willow apagou.

O ar foi tomado dos meus pulmões, fiquei estático por alguns segundos.

— Vocês estão falando sério? — suspirei sentindo tudo girar ao meu redor — Isso funciona?

— Olhe — Draco me mostrou suas amostras de DNA, as duas eram minhas. Mas uma estava acometida pela licantropia e a outra era normal.

Normal, normal... essa palavra ecoou no meu cérebro várias e várias vezes. Minha garganta até secou com a vontade de gritar por ajuda, para que eles estivessem certos.

— Eu analisei essa amostra e a poção por um mês, professor. Isso esta certo, a essência de chocolate e a de prata ajudaram a poção a se tornar tão forte quanto a licantropia. Combatendo dentro do seu sistema imunológico, e vencendo. Só que agora a degradação da amostra de sangue envolta por magia nos deixou sem ter como continuar a experiência... Desculpe, eu não tenho uma palavra melhor pra isso.

Always - Vol.3 (Drarry +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora