Proximidade Forçada

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O sol estava apenas começando a aparecer quando Bakugou acordou. Ele se mexeu levemente na cama, tomando cuidado para não acordar Uraraka, que ainda dormia profundamente ao seu lado. Ele a observou por um momento, surpreso com a tranquilidade que sentia ao vê-la dormir. Uma mecha de cabelo havia caído sobre o rosto dela, e sem pensar muito, ele estendeu a mão para afastá-la gentilmente.

— Idiota — ele murmurou para si mesmo, sua voz suave para não acordá-la.

Ele levantou da cama silenciosamente e vestiu suas roupas de treino, pronto para começar o dia com um bom exercício. Antes de sair, deu uma última olhada para Uraraka, que continuava dormindo pacificamente. Algo dentro dele se aqueceu, mas ele balançou a cabeça, tentando afastar esses pensamentos.

— Vamos, Bakugou. Treino primeiro — ele sussurrou para si mesmo, saindo silenciosamente do quarto.

No quintal da casa, Bakugou começou seu treino matinal. A brisa fresca da manhã e o silêncio do bairro contribuíram para sua concentração. Ele fez seus exercícios habituais, aproveitando a solidão e a rotina que o ajudava a manter a mente clara e focada.

Enquanto ele corria e fazia exercícios de força, seus pensamentos voltavam involuntariamente para Uraraka. Ele se lembrava de todas as vezes que ela o desafiara, tanto em batalhas quanto em situações do dia a dia. Era irritante, mas também... inspirador. Ela nunca recuava, mesmo quando ele a intimidava com sua personalidade explosiva.

Depois de um tempo, Bakugou começou a praticar seus movimentos de combate, liberando pequenas explosões controladas para melhorar sua precisão. Ele sabia que precisava estar no seu melhor, especialmente considerando a missão perigosa em que estavam envolvidos.

Quando terminou o treino, estava suado e ofegante, mas se sentia revigorado. Voltou para a casa, entrando silenciosamente para não acordar Uraraka. Decidiu preparar um café da manhã simples para os dois.

Enquanto cozinhava, ouviu passos leves atrás de si. Virando-se, viu Uraraka na porta da cozinha, os olhos ainda meio sonolentos.

— Bom dia — ela disse com um bocejo, esticando-se.

— Bom dia — ele respondeu, tentando esconder o leve sorriso que ameaçava surgir em seu rosto. — Fiz café da manhã.

Uraraka pareceu surpresa, mas sorriu agradecida.

— Você sabe cozinhar? — ela perguntou, levantando uma sobrancelha.

— Claro que sei, cara redonda. Ao contrário de você, eu tenho habilidades variadas — ele respondeu, virando-se para os ovos que estava fritando.

— Ah, é? E quando foi que você aprendeu a cozinhar? — Uraraka provocou, pegando pratos e talheres.

— Sempre soube. Minha mãe me ensinou. Não queria depender de ninguém para comer bem — ele disse, com um tom de orgulho na voz.

— Bem, pelo menos você é bom em alguma coisa além de explodir tudo — Uraraka retrucou com um sorriso travesso.

— E você, flutuadora, sabe fazer algo além de levitar? — Bakugou respondeu, com um olhar desafiador.

— Para sua informação, eu sou uma ótima cozinheira também — ela disse, cruzando os braços. — Só que prefiro deixar você se exibir.

— Claro, claro — ele murmurou, colocando a comida na mesa. — Vamos ver se você aguenta o tranco hoje na missão.

— Eu aguento mais do que você imagina, esquentadinho — Uraraka respondeu, sentando-se à mesa.

Sentaram e começaram a comer. Entre mordidas, discutiram a missão e como se preparariam para qualquer eventualidade.

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