2 anos atrás - Festival de esportes da UA
''Se eu pudesse arrancar as coisas que odeio em mim, começaria por você.''
Rafaella Kristinne
O Festival de Esportes da U.A. era um evento grandioso, aguardado com entusiasmo tanto pelos alunos quanto pelo público em geral. Para os heróis em treinamento, era uma chance de mostrar suas habilidades, ganhar reconhecimento e atrair a atenção de profissionais do ramo. Para Katsuki Bakugou e Ochako Uraraka, foi o palco onde uma intensa rivalidade começou a tomar forma.
Desde o início do festival, Bakugou estava determinado a provar que ele era o melhor. Sua confiança era evidente, e ele avançou com facilidade nas rodadas iniciais
Quando o sorteio das lutas foi anunciado, o destino colocou Uraraka e Bakugou frente a frente na segunda rodada. A arena estava cheia de espectadores. Uraraka estava nervosa, mas determinada a dar o seu melhor. Ela sabia que Bakugou era um oponente formidável, mas também sabia que não podia deixar o medo dominá-la.
Bakugou, com seu típico olhar desafiador, estava pronto para a batalha. Quando os dois entraram na arena, o contraste entre eles era claro. Bakugou, com sua presença ameaçadora e confiança inabalável, olhou para Uraraka com desprezo.
— Espero que você não ache que vai vencer facilmente só porque é uma garota — provocou ele, com um sorriso sarcástico.
Uraraka sentiu o sangue ferver. Ela não queria ser subestimada por ninguém, especialmente por Bakugou.
— Vou dar tudo de mim, Bakugou. Você vai ver do que sou capaz — respondeu ela, com determinação.
A luta começou com Bakugou atacando imediatamente, usando suas explosões para tentar desestabilizar Uraraka. Ela, no entanto, estava preparada. Usando sua individualidade, ela evitava os ataques, flutuando no ar e criando estratégias para se manter fora do alcance das explosões.
Bakugou, irritado pela capacidade dela de esquivar, aumentou a intensidade de seus ataques. Uraraka, percebendo que precisava agir rapidamente, começou a usar objetos do campo de batalha, fazendo-os flutuar e lançando-os contra Bakugou. Ela esperava que a chuva de escombros pudesse distraí-lo e criar uma abertura.
— Isso é tudo o que você tem? — gritou Bakugou, desviando-se dos objetos com facilidade e lançando uma explosão que desfez a formação que Uraraka havia criado.
Apesar das dificuldades, Uraraka não desistiu. Ela sabia que precisava de uma estratégia diferente. Foi então que teve uma ideia. Se ela pudesse criar uma distração grande o suficiente, talvez conseguisse pegar Bakugou desprevenido. Ela começou a acumular escombros no ar, formando uma grande massa flutuante.
— O que você está fazendo, sua idiota? — Bakugou zombou, sem perceber o plano de Uraraka.
Quando ela finalmente lançou a massa de escombros, Bakugou, ocupado em desviar dos ataques menores, não teve tempo de reagir adequadamente. Ele usou uma grande explosão para se defender, mas o impacto o fez perder o equilíbrio por um momento.
Aproveitando a oportunidade, Uraraka correu em direção a Bakugou, pronta para tentar um golpe decisivo. No entanto, Bakugou recuperou-se rapidamente e, com uma explosão poderosa, jogou Uraraka para trás. Ela caiu no chão, exausta e sem forças para continuar.
— Você lutou bem, Uraraka — disse Bakugou, surpreendendo a todos com suas palavras. — Mas ainda não é párea para mim.
Enquanto Uraraka era retirada da arena, ela se sentia frustada. Sabia que havia dado o seu melhor, mas também sabia que precisava treinar mais e ficar mais forte. Bakugou, por sua vez, viu nela um potencial adversário e, embora não admitisse, sentiu um respeito crescente pela determinação dela.
Após a luta, a tensão entre os dois aumentou. Nas aulas, treinamentos e até nas atividades em grupo, a rivalidade era evidente. Bakugou procurava maneiras de provocá-la, testando sua paciência e habilidades. Uraraka, por sua vez, usava cada provocação como motivação para se tornar mais forte.
— Se você acha que pode me derrubar com truques baratos, está muito enganada — dizia Bakugou, sempre que tinham a chance de treinar juntos.
— E se você acha que pode me intimidar com explosões e palavras duras, está subestimando minha determinação — respondia Uraraka, com firmeza.
Um dia, após um treinamento particularmente difícil, Bakugou encontrou Uraraka sozinha na sala de treinamento, praticando exaustivamente.
— Você não sabe quando parar, não é? — disse Bakugou, cruzando os braços e observando-a.
Uraraka olhou para ele, enxugando o suor da testa.
— Não até eu ser forte o suficiente para te derrotar.
Bakugou deu um sorriso torto.
— Boa sorte com isso. Mas é bom ver que pelo menos tem coragem.
Uraraka levantou-se, encarando-o.
— Não é só coragem. É determinação. E um dia, Bakugou, eu vou te mostrar do que sou capaz.
Bakugou a olhou por um momento, reconhecendo a intensidade em seus olhos.
— Veremos, Uraraka. Veremos.
Mesmo após algum tempo depois do festival, os comentários sobre, entre os colegas de classe eram inevitáveis. Principalmente entre a luta de Ochako e Katsuki, muitos criticavam Bakugou por sua brutalidade, afirmando que ele havia sido desnecessariamente agressivo ao lançar vários ataques contra uma garota indefesa.
— Garota indefesa ? Vocês viram que a "garota indefesa" me deu uma canseira danada — disse Bakugou, bufando com desdém enquanto se afastava do grupo que conversava sobre o evento.
Os colegas de classe trocaram olhares surpresos com a reação de Bakugou. Uraraka, que havia acabado de entrar na sala, ouviu o comentário.
— O que foi que você disse? — perguntou Uraraka, cruzando os braços e encarando Bakugou.
— Ouviu muito bem, Uraraka — respondeu ele, virando-se para ela com um olhar desafiador. — Você não é nenhuma garota indefesa. Você lutou pra caramba lá no festival.
— Então por que você foi tão brutal? — perguntou ela, o olhar fixo no dele.
— Porque eu respeito você como adversária — disse Bakugou, cruzando os braços. — Não ia pegar leve só porque você é uma garota. Isso seria um insulto.
Uraraka ficou surpresa com a resposta, sem saber exatamente como reagir. Ela abriu a boca para retrucar, mas parou ao ver a sinceridade nos olhos de Bakugou.
— Ah, então você me respeita? — disse ela, um sorriso começando a surgir em seus lábios. — Quem diria.
— Não se acostuma — disse Bakugou, desviando o olhar. — Só estou dizendo a verdade.
Os colegas de classe observavam a interação com interesse. Kaminari não pôde deixar de se intrometer.
— Ei, vocês dois, parece que estão se entendendo bem demais. Será que tem algo mais aí? — disse ele, com um sorriso malicioso.
— Cala a boca pikachu— retrucou Bakugou, lançando um olhar ameaçador para o amigo.
— O quê? Só estou dizendo que é interessante ver vocês dois conversando sem querer se matar — disse Kaminari, levantando as mãos em rendição.
Uraraka soltou uma risada curta, balançando a cabeça.
— Bakugou e eu podemos não nos gostar, mas isso não significa que não podemos nos respeitar — disse ela, lançando um olhar para Bakugou.
— Exatamente — concordou Bakugou, embora seu tom ainda fosse irritado. — Agora, se me derem licença, tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar aqui ouvindo besteira.
Ele se afastou, deixando Uraraka e os outros colegas de classe para trás. Ela o observou sair com certa confusão em seu olhar.
— Quem diria que ele tinha esse lado? — murmurou Uraraka para si mesma, antes de se juntar ao grupo.
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Missão de Inverno
RomanceQuando Katsuki e Ochako recebem uma missão de infiltração durante as férias de verão, suas vidas viram de cabeça para baixo. Eles são designados a se passar como casal em um bairro suspeito de atividades criminosas. Enquanto fingem , Bakugou e Urara...