Simplesmente Nós

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Bakugou e Uraraka estavam arrumando suas coisas depois da intensa missão. Bakugou, com o ombro ainda enfaixado, tentava se mover com cuidado, mas sua impaciência era evidente.

— Katsuki, você não precisa arrumar tudo sozinho — disse Uraraka, pegando algumas roupas dele para dobrar.

— Eu consigo fazer isso, Uraraka. Não sou um inválido — respondeu Bakugou, com uma carranca.

— Sei disso, mas você está com o ombro machucado. Deixa eu ajudar — insistiu ela, sem esperar a resposta e continuando a dobrar as roupas.

— Você é muito insistente, sabia? — resmungou ele.

— E você é extremamente teimoso. Não vou deixar você terminar de se machucar — retrucou ela, com um sorriso.

Bakugou suspirou e, apesar de seu orgulho, permitiu que Uraraka continuasse a ajudá-lo. Os dois trabalhavam em silêncio por um momento, com Uraraka ocasionalmente lançando olhares preocupados para Bakugou.

— Isso está um pouco surreal, não acha? — comentou ela, finalmente quebrando o silêncio.

— O que está surreal? — perguntou ele, sem tirar os olhos do que estava fazendo.

— Nós dois. Aqui. Arrumando nossas coisas depois de uma missão, como se fosse a coisa mais normal do mundo — disse ela, rindo um pouco.

Bakugou parou por um momento, refletindo sobre as palavras dela.

— Acho que você tem razão. Mas, por mais estranho que seja, parece... certo — admitiu ele, com um leve sorriso.

Uraraka sorriu de volta, sentindo-se aquecida pelas palavras dele. Eles continuaram a arrumar as coisas, com Bakugou ocasionalmente resmungando sobre como ela estava organizando suas roupas.

Quando finalmente terminaram, Uraraka olhou para Bakugou e disse:

— Temos que ir para a casa dos seus pais. Eu dirijo.

— Eu estou bem. Posso dirigir — respondeu ele.

— Katsuki, você está com o ombro machucado. Eu dirijo — insistiu ela, pegando as chaves do carro antes que ele pudesse protestar.

— Eu disse que posso dirigir! — retrucou ele, tentando pegar as chaves de volta.

— E eu disse que vou dirigir. Não vamos discutir sobre isso — disse ela, com firmeza, caminhando em direção ao carro.

— Você é impossível — murmurou Bakugou, seguindo-a com uma expressão contrariada.

— Só estou cuidando de você. Agora entra no carro — disse ela, abrindo a porta do motorista.

Bakugou suspirou, entrando no carro do lado do passageiro. Ele olhou para ela enquanto ela ajustava o banco e colocava o cinto de segurança.

— Namorada mandona — comentou ele, com um sorriso sarcástico.

— E você adora isso — respondeu Uraraka, piscando para ele antes de ligar o carro.

No caminho, os dois conversaram sobre a missão e sobre o que fariam na última semana de férias. O clima era descontraído, e ambos se sentiam mais à vontade um com o outro. Uraraka aproveitou para cutucar Bakugou sobre o relacionamento deles.

— Então, você já contou para os seus pais sobre a gente? — perguntou ela, casualmente.

— Não oficialmente. Mas minha mãe provavelmente já sabe. Ela tem um sexto sentido para essas coisas — respondeu ele, revirando os olhos.

— Ah, isso vai ser divertido — disse Uraraka, rindo.

Quando chegaram à casa dos pais de Bakugou, Mitsuki estava esperando na porta, com braços cruzados e um sorriso maroto nos lábios. Ela sabia que algo estava diferente.

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